O que é sarcoma?
A primeira pergunta que um paciente faz após receber o diagnóstico dessa doença é: “mas, o que é sarcoma?” Para responder à questão, ninguém melhor do que uma das autoridades na área. Estamos falando do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e membro do comitê de sarcomas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)!
Neste artigo, sob sua revisão, mostramos os principais pontos a saber sobre os sarcomas. Aproveite a leitura e tire suas dúvidas!
O que é sarcoma?
O sarcoma é um grupo de tumores raros, que pode acometer qualquer parte do organismo. Mas, geralmente, ele ocorre nos ossos ou nas partes moles (como em músculos, cartilagens, tendões, células de gordura, vasos sanguíneos e nervos periféricos).
Em, aproximadamente, 75% dos casos, esse tipo de câncer aparece nas pernas ou nos braços. A neoplasia pode ocorrer em todas as faixas etárias, de crianças a idosos, afetando tanto o sexo masculino como o feminino.
Quais são suas causas?
O sarcoma é um câncer de baixa incidência, quando comparado a outras neoplasias malignas. Diferente dos tipos de câncer mais comuns, ele sofre pouca influência de agentes externos, ligados aos hábitos de vida e ao ambiente. A exceção seria a realização prévia de radioterapia, que pode predispor ao aparecimento de subtipos específicos de sarcomas.
Especialistas acreditam que isso tem a ver com sua origem, a qual pode ser ligada a fatores hereditários. Pessoas com síndrome de Li-Fraumeni, síndrome de Gardner e neurofibromatose tipo I, por exemplo, são mais propensas a desenvolvê-lo.
Quais são os principais tipos?
Existem diversos tipos de sarcomas, os quais podem ser divididos em três grupos. Esses têm, em comum, a origem no tecido conjuntivo, cuja função é ligar outros tecidos entre si.
O primeiro é o grupo dos sarcomas ósseos (primários). Entre eles, os mais comuns são:
- condrossarcoma, que se forma nas cartilagens;
- osteossarcoma, que acomete os ossos;
- sarcoma de Ewing, caracterizado por uma alteração genética específica.
O segundo grupo é o dos sarcomas de partes moles, especificamente. Nesse caso, os subtipos mais diagnosticados são:
- lipossarcoma, que tem origem nas células de gordura;
- leiomiossarcoma, que tem origem nas células musculares;
- sarcoma sinovial, que atinge, predominantemente, os joelhos.
O terceiro grupo é o dos tumores estromais gastrointestinais (GIST, na sigla em inglês),os quais se originam no trato digestivo. Entre eles, destacam-se:
- GIST gástrico;
- GIST de delgado;
- GIST de omento (cobertura adiposa localizada no abdômen);
Quais são os sintomas da doença?
Agora que você sabe o que é sarcoma, vamos conhecer os sintomas, os quais variam conforme a região atingida. Quando sintomático, o tumor pode provocar:
- dor ou sensação de formigamento nos braços e pernas, provocadas pelo nódulo que aumenta rapidamente de tamanho;
- dor abdominal, desconforto ou massa palpável no abdômen;
- alterações nos hábitos intestinais (diarreia ou constipação);
- alterações urinárias (mudança na frequência); entre outros distúrbios.
Como é o diagnóstico do sarcoma?
O diagnóstico do sarcoma é feito em etapas. Tudo começa com a análise do nódulo, por meio do exame físico realizado no consultório. Na mesma ocasião, o especialista também avalia a história clínica do paciente, bem como seu histórico familiar.
Para confirmar a suspeita e, ao mesmo tempo, verificar se existem metástases (acometimento de outros locais),o médico solicita alguns exames de imagem complementares. É o caso, por exemplo, do raio X, da ultrassonografia, da tomografia computadorizada, da ressonância magnética ou cintilografia.
Por fim, ele pede uma biópsia por agulha grossa, guiada por ultrassom ou por tomografia. Só então o material colhido segue para análise laboratorial, que irá dizer o tipo de sarcoma e respectivo grau de malignidade.
Quais são os tratamentos para sarcomas?
A estratégia de tratamento mais adequada varia conforme o tipo de sarcoma, localização, tamanho, grau de malignidade e características individuais do paciente. Em geral, recorre-se à retirada cirúrgica do tumor e de uma margem de segurança (alguns milímetros de tecido ao seu entorno),para diminuir as chances de recidiva.
Porém, em sarcomas mais agressivos, costuma-se realizar o tratamento quimioterápico antes e/ou depois da cirurgia, com o intuito de prevenir metástases. E em certos casos, o tratamento pós-ressecção cirúrgica pode ser feito com radioterapia. Existe, ainda, a possibilidade de tratá-lo com hormonioterapia, imunoterapia ou terapia alvo. Essas são alternativas terapêuticas cada vez mais empregadas na chamada oncologia de precisão.
Por que o cuidado deve ser integral?
Para favorecer a recuperação, o cuidado do paciente com sarcoma deve ir além dos tratamentos oncológicos, exigindo uma abordagem integral, exercida por uma equipe multidisciplinar. Entre as especialidades requeridas, destacam-se a nutrição e a psicologia.
Importância da nutrição no tratamento de sarcomas
A terapia nutricional é imprescindível para lidar com a desnutrição e as desordens metabólicas, frequentes em pacientes oncológicos, principalmente, em estágios mais avançados da doença. Isso porque, os efeitos colaterais dos tratamentos tendem a afetar o estado nutricional.
Importância da psicoterapia no tratamento de sarcomas
Após descobrir o que é sarcoma, encontrar formas de cuidar da saúde mental é fundamental. Afinal, o equilíbrio emocional ajuda a enfrentar a doença da forma mais positiva possível, bem como a prevenir complicações, como transtorno de ansiedade e depressão.
Para isso, recomenda-se buscar um profissional (psicólogo ou psiquiatra). O especialista irá ajudar a entender se os sentimentos são esperados, dada a gravidade da doença, ou se há distúrbios mentais associados, exigindo tratamentos específicos.
Como é o prognóstico da doença?
É importante ressaltar que o prognóstico do sarcoma melhora quanto mais cedo os tumores forem identificados. Estudos retrospectivos mostram que diagnosticá-los em estágios iniciais aumenta a sobrevida dos portadores consideravelmente.
Mas, atenção: mesmo em tratamentos bem-sucedidos, é imprescindível continuar o acompanhamento nos anos seguintes. Dessa maneira, evita-se o agravamento de outros possíveis nódulos malignos.
Existe prevenção para os sarcomas?
Apesar da prevenção dos tipos de câncer mais comuns ser possível e altamente eficaz, infelizmente, não é possível prevenir os sarcomas. Assim, a melhor maneira de se cuidar é procurar um especialista sempre que um nódulo aparecer.
Cabe a ele fazer a investigação do achado e, se necessário, iniciar o tratamento o mais precocemente possível. Como explicado, na medicina personalizada, a estratégia adotada varia conforme o tipo e o estadiamento do tumor, bem como as características do paciente.
Quais são os diferenciais do Dr. Roberto Pestana?
Dr. Roberto Pestana é uma referência na área e trabalha com uma equipe multidisciplinar experiente no cuidado de pacientes com sarcoma. Além dos atendimentos aos pacientes, parte do seu tempo é dedicada à pesquisa clínica em oncologia. Nesse caso, o foco é o uso de novos tratamentos (imunoterapia e terapia alvo) para tratar sarcomas, além de câncer gastrointestinal (sua outra especialidade).
Veja também: Dr. Roberto Pestana no UOL
O especialista atende presencialmente em seu consultório, localizado dentro do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP. Além disso, também realiza consultas remotas, por telemedicina, opção ideal para quem:
- mora distante da capital paulista ou perto, mas em locais cujos congestionamentos são intensos;
- prefere não frequentar hospitais sem a devida necessidade (como quando se está com a imunidade baixa);
- deseja uma segunda opinião (como quando a doença não melhora, mesmo sendo tratada); entre outras situações.
Para saber mais, leia: Telemedicina no tratamento do câncer: como funciona?
O que fazer ao ser diagnosticado com sarcoma?
Agora que você entendeu o que é sarcoma, acreditamos que esteja claro o porquê da necessidade de contar com um especialista para diagnosticá-lo e tratá-lo. Afinal, trata-se de um tipo de tumor que pode ser menos conhecido pela maioria dos médicos não especialistas, cujos sintomas iniciais inexistem ou são genéricos. Sem falar que isso possibilita ter acesso aos tratamentos considerados mais modernos e efetivos, aumentando as chances de sucesso!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. Para mais informações, agende uma consulta presencialmente, em São Paulo, ou por telemedicina. Basta entrar em contato pelo site, telefone (11) 2151-0240 ou WhatsApp (11) 99150-9179. Dr. Roberto e sua equipe estão à sua disposição!
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