Dr. Roberto Pestana explica: afinal, o câncer tem cura?
Uma coisa que muita gente se pergunta é se o câncer tem cura. Felizmente, a resposta é sim! Para isso, entre outros fatores, é essencial que o tumor seja diagnosticado e tratado o mais precocemente possível. Nesse caso, as chances de vencer a doença aumentam consideravelmente!
Neste artigo, escrito sob revisão do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, falamos mais a respeito. Confira!
O que é preciso saber sobre o câncer?
Câncer é um conjunto de tumores malignos, cuja origem se dá no crescimento anormal (rápido e desordenado) das células — a partir daí, surgem os tumores. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca),no Brasil, para o triênio 2020-2022, estima-se a ocorrência de 625 mil novos casos da doença.
Em relação aos tipos de câncer, a determinação se dá conforme o local de origem da doença. Sendo assim, eles podem ser classificados em:
- Carcinomas, os quais se desenvolvem a partir das células epiteliais, presentes no revestimento da maioria dos órgãos, incluindo a pele;
- Sarcomas, os quais surgem nas células conjuntivas, presentes nos músculos, gorduras, vasos sanguíneos, nervos, tendões e ossos;
- Tumores neuroendócrinos, os quais ocorrem nas células neuroendócrinas, presentes, principalmente, no trato gastrointestinal e no pulmão;
- Tumores do sistema nervoso central, os quais se formam nas células da medula espinhal e do cérebro;
- Linfomas e mieloma, os quais se originam nas células sanguíneas e
- Leucemia, a qual se inicia na medula óssea.
Mas, afinal, o câncer tem cura?
Como mencionado no início, sim, o câncer tem cura. Melhor dizendo, a maioria dos tipos de câncer pode ser curada se diagnosticada e tratada precocemente.
O estadiamento é, justamente, o modo como os médicos determinam o avanço da doença no organismo do paciente no momento do diagnóstico. Para isso, eles consideram:
- tipo celular e sua velocidade de crescimento;
- localização do tumor;
- tamanho do tumor;
- acometimento de linfonodos próximos;
- disseminação para áreas distantes (metástase).
Tudo isso é descoberto por meio de diferentes exames e da biópsia. Assim, os estágios vão de I a IV, sendo que IV é o mais avançado.
Alguns tipos de câncer, no entanto, podem ser classificados em estágio 0. Isso significa que o tumor se encontra em uma fase muito precoce.
O que aumenta as chances de cura?
O câncer tem maiores chances de cura quando o diagnóstico se dá em estágios iniciais (0, I ou II). Mas, simultaneamente, é preciso considerar o tipo do tumor e sua gravidade.
Isso explica porque alguns cânceres têm elevado potencial de cura mesmo quando são diagnosticados em estágios avançados e outros, ainda que diagnosticados inicialmente, não. Como exemplo do primeiro caso, pode-se citar alguns tipos de cânceres de tireoide, de testículo, de próstata e de mama. No segundo caso, trata-se de tumores agressivos, que se espalham rapidamente e têm forte tendência a recidivar.
Outro fator diretamente ligado à cura é o tratamento adequado e oportuno. Nessa hora, contar com um oncologista especializado no tumor em questão e com a infraestrutura de um centro de referência na área faz toda diferença.
Por fim, é preciso que o paciente assuma um estilo de vida saudável, evitando, principalmente, os fatores de risco externos para a ocorrência da doença. Entre esses, destacam-se não fumar, ter relações sexuais seguras, evitar alimentos processados e ultraprocessados, minimizar o consumo de álcool, etc.
Assim, considera-se curado o paciente que, após a conclusão do tratamento, atinja o marco de cinco anos sem evidências da doença. Afinal, após esse período, o risco de recidiva reduz consideravelmente.
E quando a cura não é possível?
Quando o câncer é incurável, é preciso buscar formas de viver bem e ampliar o tempo de vida com qualidade, apesar da sua existência.
Na prática, esses pacientes podem receber os tratamentos para gerenciar a progressão da doença, para aliviar os sintomas físicos e emocionais. Por isso, é necessário que recebam suporte social, psicológico e espiritual, proporcionando-lhes mais bem-estar e qualidade de vida.
Nessa hora, entram em cena uma equipe multidisciplinar, composta por oncologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, cuidadores, entre outros profissionais. Ao mesmo tempo, há o apoio fundamental dos entes queridos e, muitas vezes, dos líderes religiosos.
Como o Dr. Roberto Pestana pode ajudar?
Dr. Roberto Pestana é oncologista do Albert Einstein, um importante centro de referência em tratamentos oncológicos. Ele é especialista em cânceres gastrointestinais e sarcomas e sua abordagem se baseia na oncologia de precisão. Isso significa que as informações genéticas das células cancerosas são consideradas na definição das estratégias de tratamento, tornando-os:
- mais individualizados;
- com menos efeitos colaterais;
- e mais eficientes.
Assim, o câncer tem cura quanto mais numerosos forem os fatores a favor do paciente. Dentre outros aspectos, descobrir a doença em fase inicial, contar com um bom oncologista e aderir ao tratamento mais indicado somam pontos ao seu favor!
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