
Qual é a diferença entre sarcoma e carcinoma?
Você sabe a diferença entre sarcoma e carcinoma? Ambos são cânceres, mas com origens distintas. Os sarcomas surgem nas células de tecido conjuntivo, como músculos, gorduras, vasos sanguíneos, tendões, nervos e ossos. Já os carcinomas têm origem nas células epiteliais, as quais revestem a pele e a maioria dos órgãos.
Neste artigo, revisado pelo oncologista clínico Dr. Roberto Pestana, especialista em sarcomas e cânceres gastrointestinais, falamos a respeito. Para entender, continue a leitura!
Sarcoma e carcinoma: o que têm em comum?
Tumores do tipo sarcoma e carcinoma fazem parte do grupo de mais de 200 doenças conhecidas pelo nome genérico de câncer. Apesar de serem muito diferentes, todos os cânceres têm algo em comum: o início devido ao crescimento anormal de células.
Em uma pessoa saudável, as células crescem, se dividem e morrem de maneira ordenada. Isso ocorre periodicamente, quando envelhecem ou sofrem lesões irreparáveis. No câncer, no entanto, as células cancerosas crescem rápida e desordenadamente — e podem, inclusive, invadir outros locais, dando origem às metástases.
Mas, você sabia que, além de sarcoma e carcinoma, há outras categorias de câncer? Tratam-se:
- dos linfomas e mielomas, que surgem nas células do sistema sanguíneo;
- da leucemia, que começa na medula óssea;
- dos tumores neuroendócrinos, que se originam nas células neuroendócrinas, presentes no corpo todo, mas, principalmente, no trato gastrointestinal e no pulmão;
- dos cânceres do sistema nervoso central, que se formam nos tecidos da medula espinhal e do cérebro.
Qual é a diferença entre sarcoma e carcinoma?
O sarcoma é um tipo de câncer bastante raro. Ele agrupa tumores que podem surgir em tecidos conjuntivos e se subdividem em dois tipos principais: sarcomas de partes moles e sarcomas ósseos.
Os sarcomas de partes moles podem aparecer em músculos, gorduras, vasos sanguíneos, tecidos fibrosos, nervos e nos tecidos mais profundos de pele (tecidos de suporte). Na maioria dos casos, são encontrados nas pernas e braços, mas também podem ser vistos no tronco, pescoço, cabeça, retroperitônio (área em torno da cavidade abdominal) e órgãos internos.
Já os sarcomas ósseos se desenvolvem a partir dos ossos. Eles se dividem em osteossarcoma, sarcoma pleomórfico ósseo, sarcoma de Ewing, e condrossarcoma.
Saiba mais em: Quais são os tipos de sarcomas?
O carcinoma, por sua vez, é mais comum. Os principais subtipos são os adenocarcinomas e os carcinomas de células escamosas.
Nesse caso, os tumores surgem no tecido epitelial, presente na pele e no revestimento de órgãos internos. A maioria dos tumores gastrointestinais, por exemplo, é classificada como carcinoma. Entre eles, os mais incidentes são o câncer de intestino (cólon e reto), o câncer de esôfago e o câncer de estômago.
Quando procurar um oncologista?
Por melhores que sejam as informações sobre sarcoma e carcinoma disponíveis na internet, nada substitui a conversa com um especialista. No caso do oncologista, deve-se procurá-lo sempre que apresentar sinais suspeitos para câncer. São exemplos:
- caroços, nódulos ou massas perceptíveis à palpação;
- emagrecimento sem razão aparente;
- dores constantes;
- sensação de cansaço contínua;
- febre frequente, em especial à noite;
- suor noturno (sudorese);
- visão turva ou de alterações na audição;
- dores de cabeça que não passam e/ou tonturas;
- náuseas e/ou vômitos recorrentes;
- alterações nos hábitos intestinais (constipação ou diarreia);
- sangue nas fezes, na urina ou no vômito;
- sangramento vaginal fora do período menstrual;
- dificuldade para engolir (disfagia);
- tosse persistente e/ou falta de ar;
- manchas ou pintas que mudam de aparência (tamanho, formato, textura e/ou cor);
- feridas que não cicatrizam;
- fraqueza nos membros; entre outros.
Além disso, pessoas com histórico de câncer hereditário na família também podem ser orientadas a consultá-lo preventivamente, mesmo na ausência de sintomas. Isso porque, entre 5% e 10% dos casos de neoplasias têm origem hereditária, devido à presença de uma mutação no gene herdado de um dos pais.
Sabe-se que a principal síndrome hereditária para carcinomas de mama e de ovário é provocada por mutações no gene BRCA1 ou BRCA2. Além disso, quem tem essa alteração também tem risco aumentado para desenvolver câncer de pâncreas.
Já quem tem algum caso de síndrome de Lynch na família tem maior risco de desenvolver câncer de cólon antes dos 50 anos. Além disso, também pode ter maior risco para cânceres de endométrio, estômago, intestino delgado, pâncreas e vias biliares.
Portadores da síndrome de Peutz-Jegher, por sua vez, têm risco aumentado para cânceres de cólon, pâncreas e mama. Já portadores da síndrome de Li-Fraumeni podem ter maior risco para cânceres de mama, sarcomas ósseos, sarcomas de partes moles e leucemias, entre outros.
Como é feito o diagnóstico de sarcoma e carcinoma?
O diagnóstico do carcinoma pode ser feito em função dos sintomas ou em meio à investigação de outras patologias. No entanto, para identificar alguns tipos de carcinomas mais comuns, existem exames de rastreamento. Por exemplo:
- Papanicolau, realizado, periodicamente, em todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual ou tem mais de 21 anos, com o objetivo de prevenir o câncer de colo uterino;
- mamografia, realizada periodicamente em todas as mulheres com mais de 40 anos para diagnosticar o câncer de mama;
- colonoscopia, realizada periodicamente em homens e mulheres a partir dos 50 anos, para diagnosticar o câncer de intestino;
- PSA (checagem dos níveis do antígeno prostático específico no sangue),realizado em homens a partir dos 50 anos, para diagnóstico do câncer de próstata.
Também existem os exames indicados, especificamente, para pacientes com risco-padrão para determinados tipos de carcinomas. Isso é definido pelo médico, com base no histórico clínico (pessoal e familiar) e avaliação de fatores de risco. Por exemplo:
- tomografia computadorizada de pulmão, para pacientes com histórico de tabagismo, a partir dos 55 anos, para diagnosticar o câncer de pulmão;
- dermatoscopia (exames dermatológicos), para pessoas de peles claras, mas com muitas pintas;
- ultrassonografia de fígado, para portadores de cirrose hepática;
- entre muitos outros.
Em relação aos sarcomas, no entanto, não existem exames de rastreamento. Caso haja sintomas, histórico familiar da doença e/ou fatores de risco associados, o oncologista pode solicitar exames de imagem e laboratoriais específicos, inclusive testes genéticos. Se confirmada a suspeita, realiza-se uma biópsia para avaliar o estágio da doença.
Qual é a melhor forma de tratar sarcoma e carcinoma?
Independentemente das diferenças entre os tipos de cânceres, cada tumor deve ser avaliado individualmente. Para isso, os oncologistas consideram, entre outros fatores:
- o tipo de tumor;
- o estágio no qual se encontra (nível de agressividade);
- a localização (se permanece no local de origem ou se há metástases).
Só então é possível definir o melhor tipo de tratamento. Esse, por sua vez, pode ser:
- cirúrgico;
- quimioterápico;
- radioterápico;
- hormonioterápico;
- imunoterápico;
- e/ou realizado com terapia alvo.
Nessa hora, o importante é que, quanto mais difícil de tratar seja o tumor, maior seja a experiência e habilidade do oncologista no tumor em questão. No caso dos sarcomas de partes moles e ósseos, por exemplo, estudos comprovam que pacientes tratados em centros oncológicos especializados têm maiores taxas de sucesso.
O Dr. Roberto Pestana, por exemplo, é oncologista especialista nos cuidados de sarcomas e tumores gastrointestinais. Ele atende no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP),considerado o melhor centro de oncologia do Brasil e da América Latina.
Leia também: Onde realizar o meu tratamento de câncer?
Para concluir, esperamos que as diferenças entre sarcoma e carcinoma tenham ficado claras. Vale lembrar, ainda, que a detecção precoce (em fase inicial ou pré-maligna) é sempre o cenário ideal, pois possibilita maiores chances de sucesso do tratamento. Por isso, não tenha receio de procurar um especialista. Ele, certamente, saberá qual a melhor conduta para restabelecer sua saúde e qualidade de vida!
Se desejar, agende uma consulta com o Dr. Roberto. Para facilitar, além dos atendimentos presenciais, realizados na capital paulista, ele também oferece consultas virtuais, por chamada de vídeo (telemedicina)!
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