Qual é a diferença entre sarcoma e carcinoma?
Sarcoma e carcinoma: conheça as diferenças
Você sabe a diferença entre sarcoma e carcinoma? Ambos são cânceres, mas com origens distintas. Os sarcomas surgem nas células de tecido conjuntivo, como músculos, gorduras, vasos sanguíneos, tendões, nervos e ossos. Já os carcinomas têm origem nas células epiteliais, as quais revestem a pele e a maioria dos órgãos.
Neste artigo, mostramos as principais diferenças entre esses tipos de tumores, bem como as formas de diagnóstico e tratamento. Para entender, continue a leitura!
Sarcoma e carcinoma: o que têm em comum?
Tumores do tipo sarcoma e carcinoma fazem parte do grupo de mais de 200 doenças conhecidas pelo nome genérico de câncer. Apesar de serem muito diferentes, todos os cânceres têm algo em comum: o início devido ao crescimento anormal das células.
Em uma pessoa saudável, as células crescem, se dividem e morrem de maneira ordenada. Isso ocorre periodicamente, quando envelhecem ou sofrem lesões irreparáveis. No câncer, no entanto, as células cancerosas crescem rápida e desordenadamente — e podem, inclusive, invadir outros locais, dando origem às metástases.
Além de sarcoma e carcinoma, há outras categorias de câncer. Tratam-se:
- dos linfomas e mielomas, que surgem nas células do sistema sanguíneo;
- da leucemia, que começa na medula óssea;
- dos tumores neuroendócrinos, que se originam nas células neuroendócrinas, presentes no corpo todo, mas, principalmente, no trato gastrointestinal e no pulmão;
- e dos cânceres do sistema nervoso central, que se formam nos tecidos da medula espinhal e do cérebro.
Categorias de câncer e onde se originam
Carcinomas | nas células epiteliais |
Sarcomas | nas células de tecido conjuntivo |
Linfomas | nas células do sistema sanguíneo |
Mielomas | nas células do sistema sanguíneo |
Leucemia | nas células da medula óssea |
Tumores neuroendócrinos | nas células neuroendócrinas |
Tumores do sistema nervoso central | nas células da medula espinhal e do cérebro |
Qual é a principal diferença entre sarcoma e carcinoma?
O sarcoma é um tipo de câncer bastante raro. Ele agrupa tumores que podem surgir em tecidos conjuntivos e se subdividem em dois tipos principais: sarcomas de partes moles e sarcomas ósseos.
Os sarcomas de partes moles podem aparecer em músculos, gorduras, vasos sanguíneos, tecidos fibrosos, nervos e nos tecidos mais profundos de pele (tecidos de suporte). Na maioria dos casos, são encontrados nas pernas e braços, mas também podem ser vistos no tronco, pescoço, cabeça, retroperitônio (área em torno da cavidade abdominal) e órgãos internos.
Já os sarcomas ósseos se desenvolvem a partir dos ossos. Eles se dividem em osteossarcoma, sarcoma pleomórfico ósseo, sarcoma de Ewing, e condrossarcoma.
O carcinoma, por sua vez, é mais comum. Os principais subtipos são os adenocarcinomas e os carcinomas de células escamosas.
Nesse caso, os tumores surgem no tecido epitelial, presente na pele e no revestimento de órgãos internos. A maioria dos tumores gastrointestinais, por exemplo, é classificada como carcinoma. Entre eles, os mais incidentes são como o câncer de intestino (cólon e reto), o câncer de esôfago e o câncer de estômago.
Como é feito o diagnóstico desses tipos de cânceres?
O diagnóstico do carcinoma pode ser feito em função dos sintomas ou em meio à investigação de outras patologias. No entanto, para identificar alguns tipos de carcinomas mais comuns, existem exames de rastreamento. Por exemplo:
- Papanicolau, realizado, periodicamente, em todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual ou tem mais de 21 anos, com o objetivo de prevenir o câncer de colo uterino;
- mamografia, realizada periodicamente em todas as mulheres com mais de 40 anos para diagnosticar o câncer de mama;
- colonoscopia, realizada periodicamente em homens e mulheres a partir dos 50 anos, para diagnosticar o câncer de intestino;
- PSA (checagem dos níveis do antígeno prostático específico no sangue),realizado em homens a partir dos 50 anos, para diagnóstico do câncer de próstata.
Também existem os exames indicados, especificamente, para pacientes com risco-padrão para determinados tipos de carcinomas. Isso é definido pelo médico, com base no histórico clínico (pessoal e familiar) e avaliação de fatores de risco. Por exemplo:
- tomografia computadorizada de pulmão, para pacientes com histórico de tabagismo, a partir dos 55 anos, para diagnosticar o câncer de pulmão;
- dermatoscopia (exames dermatológicos), para pessoas de peles claras, mas com muitas pintas;
- ultrassonografia de fígado, para portadores de cirrose hepática;
- entre muitos outros.
Em relação aos sarcomas, no entanto, não existem exames de rastreamento. Caso haja sintomas, histórico familiar da doença e/ou fatores de risco associados, o oncologista pode solicitar exames de imagem e laboratoriais específicos, inclusive testes genéticos. Se confirmada a suspeita, realiza-se uma biópsia para avaliar o estágio da doença.
Métodos diagnósticos
Carcinomas | Análise dos sintomas, considerando o histórico pessoal e familiar, assim como o estilo de vida, e/ou achados sugestivos em exames de rotina, em meio a outras investigações ou nos rastreamentos preventivos. |
Sarcomas | Análise dos sintomas, do histórico pessoal e familiar para a doença e dos fatores de risco associados, assim como dos achados em exames de imagem e laboratoriais específicos. |
Qual é a melhor forma de tratar sarcoma e carcinoma?
Independentemente das diferenças entre os tipos de cânceres, cada tumor deve ser avaliado individualmente. Para isso, os oncologistas consideram, entre outros fatores:
- o tipo de tumor;
- o estágio no qual se encontra (nível de agressividade);
- a localização (se permanece no local de origem ou se há metástases).
Só então é possível definir o melhor tipo de tratamento. Esse, por sua vez, pode ser:
- cirúrgico;
- quimioterápico;
- radioterápico;
- hormonioterápico;
- imunoterápico;
- e/ou realizado com terapia alvo.
Nessa hora, o importante é que, quanto mais difícil de tratar seja o tumor, maior seja a experiência e habilidade do oncologista no tumor em questão. No caso dos sarcomas de partes moles e ósseos, por exemplo, estudos comprovam que pacientes tratados em centros oncológicos especializados têm maiores taxas de sucesso.
O Dr. Roberto Pestana, por exemplo, é oncologista especialista nos cuidados de sarcomas e tumores gastrointestinais. Ele atende no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP),considerado omelhor centro de oncologia do Brasil e da América Latina.
Para concluir, esperamos que as diferenças entre sarcoma e carcinoma tenham ficado claras. Vale lembrar, ainda, que a detecção precoce (em fase inicial ou pré-maligna) é sempre o cenário ideal, pois possibilita maiores chances de sucesso do tratamento. Por isso, não tenha receio de procurar um especialista. Ele, certamente, saberá qual a melhor conduta para restabelecer sua saúde e qualidade de vida!
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