O câncer de esôfago tem cura?
O câncer de esôfago tem cura. Para isso, precisa ser tratado de maneira adequada e precocemente. Já em quadros muito avançados, pode-se, ao menos, promover o alívio dos seus sintomas, garantindo uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Quer saber mais sobre o tratamento e o prognóstico desse tipo de neoplasia? Então, continue a leitura!
Quais são os tipos de tumores?
O tipo de câncer de esôfago mais incidente é o adenocarcinoma. Ele acomete a parte inferior do órgão, ocorrendo, muitas vezes, próximo à junção com o estômago.
Em segundo lugar, aparece o carcinoma de células escamosas, o qual costuma se desenvolver na porção média e superior do órgão. Por último, existem outros tipos mais raros de tumores que podem acometer o esôfago, como o linfoma, o melanoma e o sarcoma.
Quais são os sinais da doença?
Em sua fase inicial, o câncer de esôfago pode ser assintomático. Por isso, a maioria dos casos é diagnosticada a partir dos sintomas apresentados em estágios avançados. Entre eles, os mais comuns são:
- disfagia (dificuldade de deglutição), a qual gera a sensação de que há comida “presa” na garganta;
- dor ou desconforto retroesternal (atrás do centro do peito), pois o tumor limita a passagem dos alimentos, tornado o ato de engolir difícil e doloroso;
- perda de peso espontânea (sem fazer dieta), consequência da dificuldade para se alimentar adequadamente.
Outros sinais da doença, menos frequentes, são a rouquidão e a tosse persistente. Além disso, o paciente pode apresentar náuseas, vômitos (com ou sem sangue),falta de apetite e/ou dor óssea.
O câncer de esôfago tem cura?
A chance de cura do câncer depende do estadiamento, ou seja, do avanço da doença no momento em que foi diagnosticada. Esse pode variar de zero a quatro, sendo que os estágios 0, I e II são considerados mais iniciais e os estágios III e IV são tidos como mais avançados.
Além disso, é preciso considerar o tipo de tumor e sua agressividade (se ele se espalha rapidamente e/ou se tem tendência a recidivar).
Em geral, quanto mais cedo o tumor é diagnosticado, maiores as probabilidades de curá-lo. O tratamento oportuno e adequado, realizado com um oncologista especialista em tumores gastrointestinais, em um centro de referência em oncologia, aumenta, consideravelmente, as chances de derrotá-lo.
Como aumentar as chances de cura?
Para potencializar o resultado, o paciente precisa adotar hábitos de vida saudáveis. Por se tratar de uma neoplasia muitas vezes diretamente associada ao tabagismo, parar de fumar é imprescindível.
Deve-se, ainda, evitar o consumo de bebidas muito quentes, como o chimarrão e o café. O álcool, seja sua ingestão frequente, mas comedida, ou esporádica, mas excessiva, também deve ser evitado.
O mesmo cuidado precisa ser tomado em relação à exposição a poeiras e/ou vapores tóxicos. Evite-os sempre.
Considera-se curado o paciente que, após cinco anos do término do tratamento, não apresente evidências da doença. Esse intervalo é necessário para certificar que o tumor não recidivará.
Como é feito o tratamento?
A definição do tratamento do câncer de esôfago varia conforme o tipo, o estadiamento, o objetivo (curativo ou paliativo) e as condições clínicas do paciente. Assim, para fazer a ressecção do tumor, realiza-se uma cirurgia convencional, por via aberta (esofagectomia),ou uma remoção endoscópica ou laparoscópica. Além disso, pode ser preciso associar outras terapêuticas, tais como a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e/ou a terapia alvo.
Ao longo do tratamento, recomenda-se, ainda, adotar um acompanhamento multidisciplinar, que ajude o paciente a lidar com as complicações geradas pela doença. É o caso, por exemplo:
- do acompanhamento nutricional, indicado para prevenir ou tratar a desnutrição;
- do acompanhamento psicoterápico, para ajudar a lidar com o estresse do momento, bem como com a ansiedade gerada, entre outros fatores, pela preocupação com o risco de recidiva ou de metástases futuras — felizmente, os avanços terapêuticos estão reduzindo essas “surpresas” indesejadas;
- do acompanhamento de outras especialidades, as quais são indicadas conforme as necessidades de cada paciente, sempre voltadas à promoção do cuidado integral.
Para concluir, o câncer de esôfago tem cura e suas chances são maiores quanto antes se derem o diagnóstico e o tratamento. Em caso de suspeita, não perca tempo e procure um especialista em tumores gastrointestinais!
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