Dr. Roberto Pestana explica os sintomas do câncer de esôfago

Dr. Roberto Pestana explica os sintomas do câncer de esôfago

Dificuldade para engolir, vômitos, por vezes, com sangue, assim como tosse e/ou rouquidão contínuas, entre outros problemas, podem ser sintomas do câncer de esôfago. Aliás, as chances de isso ocorrer aumentam, consideravelmente, quando existem fatores de risco associados à doença. É o caso do fumo, por exemplo.

Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, explicamos os principais sinais desse tipo de neoplasia. Para conhecê-los e saber mais a respeito, continue a leitura!

 

O que é o câncer de esôfago?

O câncer de esôfago é um tumor que surge no “tubo” que liga a garganta ao estômago. Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que ele é, com exceção do câncer de pele não melanoma, o:

  • sexto tipo de câncer mais frequente entre os homens;
  • 15º tipo de câncer mais frequente entre as mulheres.

Em nível mundial, trata-se do oitavo tipo de câncer mais frequente. Sua incidência é duas vezes maior entre os homens do que nas mulheres.

 

Quais são os principais tipos?

O tumor de esôfago mais incidente é o adenocarcinoma, que se desenvolve a partir das células glandulares, presentes na porção inferior do órgão, próximas à junção com o estômago.

Depois, aparecem os casos de carcinoma epidermoide escamoso. Na maioria das vezes, ele se desenvolve nas células escamosas que revestem o órgão, sendo prevalente na sua porção média e superior.

Existem, ainda, os tipos de câncer de esôfago considerados raros. É o caso dos linfomas, dos melanomas e dos sarcomas.

 

Quais são as causas e os fatores de risco?

A maior parte dos cânceres de esôfago tem causas desconhecidas. Porém, sabe-se que alguns comportamentos aumentam o risco de desenvolvê-lo. São eles:

  • tabagismo — o qual, isoladamente, corresponde a 25% dos casos da doença;
  • ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, mesmo que esporadicamente;
  • doença do refluxo gastro-esofágico
  • consumo de bebidas muito quentes, como o chimarrão, a 65 °C ou mais;
  • obesidade, pois essa condição facilita o desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágico;
  • histórico pessoal para cânceres de cabeça, pescoço ou pulmão;
  • irritações prolongadas, devido ao refluxo gastroesofágico, ao esôfago de Barrett, à acalasia ou à síndrome de Plummer-Vinson);
  • algumas mutações genéticas hereditárias, como a anemia de Fanconi, a tilose (síndrome de Howel-Evans),a síndrome de Bloom e o esôfago de Barrett;
  • lesões cáusticas, ou seja, queimaduras e consequentes cicatrizes por ingestão de soda cáustica;
  • exposição a certos agentes químicos, como vapores de combustíveis fósseis, herbicidas, ácido sulfúrico, ácido negro de fumo e poeiras de metais, carvões e da construção civil;
  • histórico de trabalho, sem a devida proteção, em indústrias de couro, na mineração, em metalúrgicas, em petroquímicas, em indústrias automotivas, em lavanderias ou serviços de lavagem a seco, na agricultura e na construção civil.

 

Quais são os sintomas do câncer de esôfago?

Em sua fase inicial, o tumor é assintomático. Porém, com a progressão, os sintomas do câncer de esôfago começam a aparecer. Dentre eles, destacam-se:

  • dor e/ou dificuldade para engolir (disfagia);
  • dor retroesternal (atrás do meio do peitoral);
  • tosse persistente e rouquidão contínua;
  • náuseas, vômitos e sensação contínua de falta de apetite;
  • hemorragia (vômitos com sangue);
  • desnutrição e perda considerável de peso sem causa aparente.

Em caso de suspeita, procure um especialista em tumores gastrointestinais. Para confirmar o quadro, ele realizará de exames físicos e complementares, assim como análise do histórico pessoal e familiar, bem como dos fatores de risco associados.

tratamento, por sua vez, varia conforme o tipo e o estadiamento do tumor, podendo ser cirúrgico, endoscópico, radioterápico, quimioterápicoimunoterápico e/ou com terapia alvo. Vale reforçar que, quanto mais cedo for identificado, maiores as chances de cura.

O Dr. Roberto Pestana é especialista em cânceres gastrointestinais e adepto da chamada oncologia de precisão. Essa abordagem parte do preceito que a personalização da terapêutica é a melhor estratégia para recuperar a saúde e restabelecer a qualidade de vida dos pacientes. Sendo assim, seja para ter uma segunda opinião sobre um diagnóstico ou mesmo para conversar sobre os sintomas do câncer de esôfago, conte com ele!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.