Quais são os principais tratamentos para câncer de estômago?

Quais são os principais tratamentos para câncer de estômago?

Os tratamentos para câncer de estômago variam conforme o tipo de tumor, o avanço da doença e as condições clínicas gerais do paciente.

Neste artigo, falamos mais sobre a doença e mostramos os principais esquemas terapêuticos. Confira!

Quais são os tipos de câncer gástrico?

O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, pode se desenvolver em qualquer parte do órgão. A doença costuma ser inicialmente assintomática, provocando sintomas em estágios mais avançados. É o caso do desconforto estomacal, náuseas, vômitos, inchaço abdominal, sangue nas fezes, cansaço excessivo, desnutrição, entre outros.

Em relação aos tipos de tumores gástricos, os principais são:

  • adenocarcinoma, o qual se desenvolve nas células da mucosa, a camada interna do órgão;
  • tumor estromal gastrointestinal (GIST, na sigla em inglês),o qual se desenvolve nas células responsáveis pela regulação da motilidade do estômago, presentes na parede do órgão;
  • linfoma, o qual ocorre quando o câncer do sistema linfático se desenvolve na parede do estômago;
  • tumor carcinoide;
  • outros tipos (raros), como o carcinoma de células escamosas, o carcinoma de pequenas células e o leiomiossarcoma.

Quais são os tratamentos para câncer de estômago?

Uma vez confirmado o diagnóstico e o estadiamento, existem diversas possibilidades de tratamentos para câncer de estômago. As indicações são feitas de maneira individualizada, considerando as especificidades de cada caso. Conheça as principais a seguir.

Cirurgia para câncer de estômago

cirurgia é a terapêutica de escolha para casos em que o tumor está restrito ao estômago e a gânglios linfáticos adjacentes. Dessa forma, pode ser indicada em diversos estágios, sendo realizada por gastrectomia total, parcial ou ressecção endoscópica. Na maioria dos casos, objetiva remover o tumor, a margem de segurança e os linfonodos próximos.

Saiba mais no artigo: Como é a cirurgia de câncer de estômago?

Quimioterapia para câncer de estômago

quimioterapia é um tratamento sistêmico que consiste no uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas. Esses são administrados em ciclos, por via venosa ou oral. Também podem ser realizadas de maneira neoadjuvante (antes da cirurgia) ou adjuvante (após a cirurgia). Existe, ainda, a possibilidade de administrá-los junto à radioterapia, processo chamado de quimioirradiação.

Além disso, em caso de tumores metastáticos avançados, a quimioterapia costuma ser administrada como a principal terapêutica. Nesses quadros, objetiva-se retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas.

Radioterapia para câncer de estômago

radioterapia se baseia no uso de radiações ionizantes para destruir ou, ao menos, inibir o crescimento do tumor, sendo, geralmente, irradiada externamente. Ela pode ser feita antes da cirurgia, associada à quimioterapia, ou após o procedimento.

Terapia alvo para câncer de estômago

terapia alvo consiste no uso de medicamentos que identificam e atacam, especificamente, as células tumorais. Dessa forma, há poucos danos às células saudáveis.

Imunoterapia para câncer de estômago

imunoterapia consiste no uso de medicamentos que estimulam o sistema imunológico do paciente a atacar as células cancerígenas. Trata-se de uma estratégia terapêutica importante em estágios mais avançados da doença.

Quando cada terapêutica é indicada?

Geralmente, o tratamento do adenocarcinoma de estômago (tumor gástrico mais comum) se baseia na ressecção cirúrgica associada, ou não, à quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo e/ou radioterapia. Já o tratamento do GIST costuma ser feito com cirurgia, ablação, embolização e/ou terapia alvo (imatinibe).

Sendo assim, os tratamentos podem ser realizados de forma exclusiva ou combinados entre si, conforme a necessidade de cada paciente. As chances de cura, por sua vez, têm relação com a fase em que o tumor foi diagnosticado.

É importante entender que o chamado estadiamento (grau de disseminação) considera a taxa de crescimento, a extensão da doença, o tipo de tumor e a sua relação com o hospedeiro. Dessa maneira, é um fator determinante na escolha terapêutica.

Para tumores em estágio I, costuma-se optar pela gastrectomia total ou parcial para retirada do tumor e dos linfonodos regionais.

Para tumores em estágio II e III, costuma-se indicar a gastrectomia total ou parcial, bem como a retirada dos linfonodos e outras estruturas próximas. O tratamento pré e pós-cirurgia consiste na realização de quimioterapia ou quimioirradiação.

Por fim, para tumores em estágio IV, quando a doença está disseminada, o tratamento visa controlar o tumor e aliviar a dor e os demais sintomas. Nesses casos, pode-se indicar procedimentos cirúrgicos, quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e/ou imunoterapia, associados ou não, além do aconselhamento nutricional específico.

Busque a orientação de um especialista

O oncologista especialista em tumores gastrointestinais é o profissional mais bem preparado para diagnosticar e conduzir os tratamentos para câncer de estômago. Conforme a estratégia terapêutica recomendada, cabe a ele recrutar outros experts para compor a equipe multidisciplinar, como o gastroenterologista e o nutricionista.

Você ou algum familiar foi diagnosticado com esse tipo de neoplasia? Neste caso, agende uma consulta individualizada com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, localizado na capital paulista. Para facilitar, nosso especialista na área atende em consultas presenciais ou virtuais (via telemedicina).

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.