Mitos e verdades sobre o câncer no intestino
O câncer no intestino (também chamado de câncer de cólon e reto ou câncer colorretal) é bastante incidente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),sem considerar os tumores de pele não melanoma, ele é o terceiro tipo de neoplasia mais frequente no Brasil.
Neste artigo, esclarecemos algumas informações importantes, separando fatos e fakes. Inclusive, falamos a respeito da “temida” colonoscopia. Além disso, mostramos quais são os fatores de risco, os sinais de alerta e as medidas que ajudam a prevenir a doença. Confira!
Câncer no intestino: mitos e verdades
Por desinteresse, medo ou mesmo preconceito, muitas pessoas deixam de se informar adequadamente sobre o câncer no intestino. Nesse cenário, abre-se espaço para o surgimento de uma série de mitos.
Isso é muito perigoso pois pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento, reduzindo as chances de vencer a doença. Portanto, é hora de saber o que é falso ou verdadeiro a respeito:
- o câncer no intestino é um dos tumores mais preveníveis e com maiores chances de ser curado — VERDADE;
- o câncer colorretal é mais frequente em homens do que em mulheres — MITO (ambos os sexos são atingidos);
- o câncer no intestino só ocorre em indivíduos acima de 50 anos — MITO (a neoplasia pode surgir em qualquer idade, principalmente quando há histórico familiar da doença);
- o câncer colorretal não compensa ser tratado, já que é uma doença fatal — MITO (muitas vezes a neoplasia pode ser curada, especialmente se ainda não sofreu metástase);
- o câncer de cólon e reto se dissemina rapidamente — MITO (a maioria dos tumores tem crescimento lento);
- o câncer no intestino só deve ser rastreado quando há sinais e/ou sintomas suspeitos — MITO (a doença pode estar presente mesmo sem dar indícios);
- câncer colorretal e pólipo são a mesma coisa — MITO (pólipos são lesões benignas, mas, como têm potencial para se tornar malignas, devem ser removidas);
- o câncer de cólon e reto exige o uso contínuo da bolsa de colostomia — MITO (com o avanço das técnicas cirúrgicas, muitos pacientes não precisam da colostomia);
- o câncer no intestino pode ser curado com cirurgia — VERDADE (muitos casos, principalmente se diagnosticados e tratados precocemente, são curados por meio da remoção do tumor).
Leia também: Quais são as chances de cura do câncer de intestino?
Colonoscopia: mais tranquila do que se imagina
Já que estamos falando dos mitos e verdades sobre o câncer no intestino, é importante fazer o mesmo com a colonoscopia, que é o principal exame de rastreamento para esse tumor. Vamos lá:
- a colonoscopia exige o preparo intestinal — VERDADE (é preciso esvaziar o intestino com o uso de laxante, ingestão de uma solução específica fornecida pelo laboratório e jejum);
- é muito dolorosa — MITO (o procedimento é feito sob sedação, logo, o paciente não sente incômodo durante sua realização);
- ela incomoda no dia seguinte — VERDADE (algumas pessoas podem sentir um leve desconforto abdominal no dia posterior ao exame);
- a colonoscopia é a única forma de detectar pólipos e tumores colorretais — MITO (existem outros exames, mas a colonoscopia é considerado padrão ouro no rastreamento desses achados);
- o procedimento não permite a coleta de material para biópsia — MITO (se necessário, pode-se remover achados suspeitos durante o exame, para a subsequente análise laboratorial);
- a colonoscopia é indicada para pessoas sem fatores de risco a partir dos 45 anos — VERDADE (em caso de suspeita de câncer no intestino ou histórico familiar da doença, sua realização pode ser antecipada).
Saiba mais em: Tire suas dúvidas sobre o exame de colonoscopia
Sinais de alerta
Os sinais e sintomas do câncer no intestino surgem em casos mais avançados da doença. Os principais são:
- presença de sangue nas fezes;
- fezes finas, compridas e/ou achatadas, no formato de fita;
- mudança do hábito intestinal (constipação ou diarreias frequentes);
- dor ou desconforto abdominal;
- sensação de fraqueza contínua;
- anemia;
- emagrecimento “sem razão”;
- massa palpável na barriga (tumoração).
Fatores de risco
Os fatores de risco para o câncer no intestino são diversos, mas podem ser evitados e/ou tratados. Por isso, é importante conhecê-los:
- alimentação gordurosa, com ultra-processados, hipercalórica e pobre em fibras;
- ingestão regular (ou esporádica, mas excessiva) de bebidas alcoólicas;
- tabagismo;
- obesidade;
- presença de pólipos;
- algumas doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e colite ulcerativa.
Além disso, o histórico familiar da doença também aumenta o risco de desenvolvê-la. O mesmo vale para casos de síndrome de Lynch, polipose adenomatosa familiar e polipose MUTYH.
Medidas preventivas
Fazer as mudanças necessárias e adotar um estilo de vida saudável é fundamental para prevenir o câncer colorretal. Isso inclui abandonar o cigarro, evitar o álcool, reduzir o consumo de carnes vermelhas e processadas, ter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente.
Ao mesmo tempo, deve-se fazer manter os check-ups médicos de rotina em dia. Se houver necessidade, seu médico poderá solicitar o rastreamento para a neoplasia.
Portanto, agora que você sabe o que é fato e o que é fake sobre o câncer no intestino, siga as orientações e fique tranquilo. E lembre-se: em caso de suspeita ou confirmação da doença, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais o mais rápido possível. Afinal, um tratamento adequado e oportuno potencializará suas chances de cura!
Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, com especialização e vasta experiência na área. Ele atende presencialmente, em São Paulo, SP, ou virtualmente, por telemedicina.
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