Colonoscopia: quando e por que fazer o exame preventivo?

A colonoscopia é um exame minimamente invasivo, utilizado no diagnóstico e prevenção de diversas doenças que podem acometer o trato intestinal, incluindo o câncer colorretal. Graças a ela, pode-se avaliar o intestino detalhadamente, visualizando segmentos que passariam despercebidos em outros exames de imagem — favorecendo tratamentos oportunos e, portanto, mais efetivos!

Acontece que, por ter um preparo considerado desagradável, muita gente “foge” da colonoscopia. Neste artigo, no entanto, buscamos encorajar quem recebeu a prescrição para realizá-la, mostrando a sua importância. Abordamos, também, como é o preparo, a execução e o pós-procedimento. Continue a leitura e confira!

Quando a colonoscopia é indicada?

A colonoscopia pode ser solicitada pelo urologista, ginecologista, gastroenterologista ou pelo oncologista especialista em tumores gastrointestinais, sendo indicada para pessoas em duas situações:

• pertencentes ao grupo de risco do câncer colorretal, ou seja, a partir dos 45 anos de idade ou antes, quando há outros fatores de risco (como histórico familiar);
• com sintomas no trato intestinal que não puderam ser esclarecidos em outros exames, como constipação contínua, diarreia persistente, dor abdominal crônica, sangue nas fezes etc.

Por que é importante realizá-la?

Como mostrado, a colonoscopia é essencial na prevenção e rastreio do câncer de intestino. Afinal, pode revelar lesões precursoras da neoplasia, possibilitando removê-las antes de evoluírem, ou identificar tumores em estágio inicial, ainda assintomáticos, quando são mais facilmente tratáveis.

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Além disso, o exame é importante por fornecer informações complementares aos exames de imagem (como radiografias, ultrassonografias e/ou tomografias computadorizadas). Dessa maneira, favorece a precisão dos diagnósticos, possibilitando a realização de tratamentos mais efetivos e, consequentemente, aumentando as chances de cura.

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Como é o preparo para o exame?

O preparo da colonoscopia serve para limpar o cólon, fazendo com que as mucosas intestinais possam ser observadas sem interferências. Por isso, é tido como mais “chato” do que a sua execução do exame, propriamente.

O processo de preparação pode durar de um a três dias, dependendo das condições de cada paciente. Ele consiste na realização de uma dieta líquida, à base de água, líquidos claros (como sucos coados, chás e/ou bebidas isotônicas) e gelatina. Além disso, é necessário tomar laxante para provocar diarreia e, assim, eliminar todos os vestígios de fezes.

No mais, caso o paciente faça uso de algum medicamento, pode ser preciso suspendê-lo ou ajustar a dose. Isso deve ser visto, com a devida antecedência, com o médico responsável.

Como é a sua realização?

A colonoscopia é uma endoscopia do intestino, realizada sob sedação. Ela é conduzida pelo médico endoscopista, que capta imagens (em alta definição) do revestimento mucoso do trato intestinal.

O procedimento possibilita visualizar todo o cólon (intestino grosso) e a porção final do intestino delgado. Além disso, permite retirar pólipos (lesões pré-malignas, com potencial de se transformarem em tumores malignos) e outros achados suspeitos, para a realização de biópsias.

Para fazer o exame, o paciente fica deitado de lado (posicionado em decúbito lateral). Uma vez sedado, o endoscopista introduz o colonoscópio pelo ânus e avança até a parte final do intestino delgado. Trata-se de um equipamento fino (com cerca de 1 cm de diâmetro),longo (com aproximadamente 1,85 m de comprimento) e com uma pinça acoplada (para eventuais ressecções).

Quanto tempo dura o procedimento?

A colonoscopia costuma demorar de 20 minutos a uma hora, dependendo das condições apresentadas por cada paciente. Entretanto, é necessário permanecer na clínica ou no hospital até se recuperar da sedação e a alta só é liberada na presença de um acompanhante. Isso porque, não é possível dirigir após o exame ou ir embora sozinho, pois o efeito do sedativo só cessa por completo no dia seguinte.

Como é o pós-procedimento?

O paciente pode sentir dor abdominal no dia seguinte à colonoscopia, aliviando-a com a medicação prescrita. A cólica é decorrente da formação de gases no interior do intestino, por conta da passagem do equipamento. Isso porque o colonoscópio precisa liberar gás carbônico, justamente, para insuflar e “descolar” as paredes do órgão, permitindo-o avançar.

Em relação à alimentação, geralmente, é possível seguir uma dieta normal. O único cuidado, caso tenham sido retirados pólipos ou outras lesões, é a adoção, por alguns dias, de uma dieta leve e com menos gorduras.

Para concluir, se seu médico solicitou uma colonoscopia, não perca tempo e realize-a o quanto antes. Se possível, reserve uns dias para o exame, sendo pelo menos um para o preparo, um para a execução e um para se recuperar.

Para mais informações ou em caso de suspeita (ou diagnóstico) de câncer colorretal, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana. Oncologista clínico especialista em tumores gastrointestinais, ele atende por telemedicina ou presencialmente, em seu consultório no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP.