Os tratamentos para câncer de pâncreas são sugeridos individualmente, conforme as características do tumor e as condições gerais de saúde de cada paciente. De maneira geral, costuma-se indicar a cirurgia para ressecção tumoral, associada ou não à radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou terapia alvo.

Neste artigo, o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico especialista em tumores gastrointestinais, do Hospital Israelita Albert Einstein, localizado na capital paulista, abordou o assunto. Continue a leitura e saiba mais a respeito!

Quais são os tratamentos para câncer de pâncreas?

Segundo a American Society of Clinical Oncology (ASCO),os melhores tratamentos para câncer de pâncreas são realizados por equipes multidisciplinares. Além de combaterem o tumor, eles buscam aliviar sintomas e eventuais efeitos colaterais. Conheça os principais a seguir.

1. Cirurgia

cirurgia para tratamento do tumor pancreático pode ser feita com a remoção total ou parcial do órgão. Durante o procedimento, retira-se, também, a chamada margem de segurança (bordas de tecidos saudáveis).

A escolha da técnica cirúrgica varia conforme a localização do tumor. Dessa maneira, pode-se realizar uma cirurgia de Whipple, pancreatectomia distal ou pancreatectomia total.

A abordagem pode ser combinada com radioterapia ou terapias sistêmicas, como quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia. Essas tanto podem ser adjuvantes (realizadas após o procedimento),como neoadjuvantes (pré-operatórias).

Mas, atenção: menos de 20% dos pacientes com esse tipo de neoplasia têm indicação para a cirurgia. Isso porque, muitos casos são diagnosticados tardiamente, quando a doença já se disseminou para áreas distantes.

2. Radioterapia

A radioterapia consiste no emprego de radiação ionizante para destruir as células cancerígenas. Na maioria das vezes, a radiação é emitida por fora do corpo (feixe externo),sendo necessárias algumas sessões de tratamento.

Geralmente, a terapêutica é associada à quimioterapia, com o objetivo de promover a chamada radiossensibilização (aumento dos efeitos da radioterapia). Vale destacar que a terapêutica é considerada útil para prevenir futuras recidivas ou, pelo menos, o crescimento do tumor já existente.

3. Quimioterapia

A quimioterapia é o método que usa medicamentos para destruir as células cancerígenas. Ela é administrada em ciclos, durante um período específico, intercalados por fases de descanso. Durante os ciclos, os pacientes podem receber um ou mais quimioterápicos ao mesmo tempo.

4. Terapia alvo

terapia alvo visa atacar os genes específicos do câncer, assim como as proteínas ou o ambiente que contribui para o seu crescimento e disseminação. Para isso, o paciente precisa ingerir medicamentos, geralmente, uma ou duas vezes ao dia. No caso do câncer de pâncreas, a principal terapia alvo que pode ser utilizada é do olaparibe, para pacientes que tenham tumores relacionados a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.

5. Imunoterapia

imunoterapia é um tratamento que emprega as defesas naturais do organismo para combater as células cancerígenas. Na prática, ela melhora a capacidade do sistema imunológico. Uma série de avanços tem acontecido para a incorporação da imunoterapia para câncer de pâncreas, incluindo novos estudos com inibidores de checkpoint e com vacinas de mRNA.

Quando cada terapêutica costuma ser indicada?

A escolha terapêutica é uma decisão compartilhada, na qual oncologista e paciente escolhem juntos a estratégia mais adequada. Isso porque, com tantas opções de tratamentos para câncer de pâncreas, as recomendações dependem da análise de diversos fatores, tais como:

Como é o prognóstico da doença?

Se diagnosticado antes de se espalhar, muitas vezes, remissão do câncer de pâncreas é possível, podendo ser temporária ou permanente. Nesses casos, deve-se fazer o acompanhamento periódico com o oncologista responsável e adotar as recomendações, especialmente, relativas à nutrição e ao controle da dor.

Contar com um especialista em cânceres gastrointestinais faz toda a diferença na obtenção de um diagnóstico rápido e assertivo. Ao mesmo tempo, possibilita ter acesso aos melhores tratamentos para câncer de pâncreas, aumentando as chances de cura. Portanto, em caso de suspeita da doença, procure um expert como o Dr. Roberto Pestana!

Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor. Para saber mais sobre tumores gastrointestinais, siga o Dr. Roberto no Facebook e Instagram!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.