sarcoma de Ewing é um câncer raro, mais prevalente em crianças, adolescentes e adultos jovens, que se desenvolve nos ossos ou nos tecidos moles adjacentes. Na maioria dos casos, ocorre nos ossos longos das pernas, nos ossos da pelve e nos ossos da parede torácica.

Neste artigo, explicamos os principais aspectos a respeito dessa neoplasia. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

Quais são as causas do sarcoma de Ewing?

A origem do sarcoma de Ewing está ligada a mutações genéticas, cujas causas são desconhecidas. Não existem fatores de risco claramente associados à sua ocorrência.

Como é a incidência da doença?

Estima-se que 1% dos cânceres infanto-juvenis sejam provocados por tumores de Ewing, os quais são mais frequentes em adolescentes. Conheça os principais subtipos a seguir.

Sarcoma de Ewing do osso

sarcoma de Ewing do osso é o subtipo mais recorrente da doença. Geralmente, o tumor se desenvolve no fêmur, no úmero, no quadril ou na escápula, embora possa ocorrer em qualquer parte do corpo.

Sarcoma de Ewing extraósseo

sarcoma de Ewing extraósseo se desenvolve nas partes moles ao redor dos ossos. Ele costuma afetar a perna, o tronco, a cabeça, o pescoço, o retroperitônio (espaço atrás da cavidade abdominal),entre outros locais.

Quais são os principais sinais e sintomas?

Os principais sinais e sintomas provocados pelo sarcoma de Ewing são dor localizada sem causa aparente e edema (inchaço). Em relação à dor, ela costuma piorar após a prática de atividades físicas ou à noite e nunca melhora.

Por conta dessas características, o sintoma, muitas vezes, é confundido com a chamada “dor de crescimento”. No entanto, ele é provocado pela disseminação da doença no periósteo (cobertura externa do osso) ou mesmo por fraturas em ossos enfraquecidos.

Já o inchaço, que também pode se manifestar como um pequeno nódulo ou uma massa palpável, só é facilmente percebido quando o tumor está em um membro. Em outras regiões, como na pelve ou na parede torácica, o tumor só se torna perceptível quando cresce muito.

Além disso, alguns pacientes podem apresentar febre recorrente, sensação de cansaço injustificável, perda de peso inexplicável e fraturas ósseas com facilidade. Em casos ainda mais raros, tumores presentes na coluna vertebral podem provocar fraqueza, alterações de marcha, dormência ou até paralisia no membro acometido. Se houver metástase pulmonar, pode levar à falta de ar.

Mas, atenção: a maioria dos sinais e sintomas decorrentes do tumor de Ewing tem mais chances de ser decorrente de quadros benignos (como contusões ou infecções) do que malignos. Ainda assim, é preciso investigá-los — principalmente, quando não há uma melhora com o passar dos dias.

Como é o diagnóstico?

Não existem testes de rastreamento para o sarcoma de Ewing. Porém, queixas de dores que não melhoram e/ou nódulos que não desaparecem devem ser examinados por um médico. Essa é a melhor forma de favorecer a detecção precoce.

diagnóstico do tumor de Ewing exige a realização de diversos exames. Os principais são:

  • exames de imagem (como radiografia, tomografia computadorizada, cintilografia óssea, ressonância magnética ou tomografia computadorizada por emissão de pósitrons);
  • biópsia, a qual pode ser incisional (retirada de uma pequena amostra de tecido, por agulha) ou excisional (retirada completa do tumor).

Como é o tratamento?

tratamento do sarcoma de Ewing pode ter objetivo curativo. A estratégia adotada depende do estadiamento do tumor e das condições clínicas do paciente. Geralmente, realiza-se quimioterapia e cirurgia para ressecção tumoral, associadas, ou não, à radioterapia.

Leia tambémO papel da cirurgia de sarcoma no tratamento da doença

Quando necessário, indica-se a reconstrução do local operado. Isso pode ser feito com endopróteses (próteses internas),implantes ou mesmo transplante ósseo.

Como é o prognóstico da doença?

O tumor de Ewing não pode ser prevenido, mas o diagnóstico precoce é fundamental para um bom prognóstico, aumentando as chances de cura da doença. Nesses casos, estima-se que a taxa de sobrevida em cinco anos seja de:

  • 80%, em pacientes com a doença localizada;
  • 40%, quando há metástases à distância.

Para concluir, caso suspeite ou mesmo se você (ou um ente querido) já tiver sido diagnosticado com sarcoma de Ewing, o Dr. Roberto Pestana pode ajudar. Oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, ele é especialista no diagnóstico e tratamento de sarcomas, com enfoque em novas terapêuticas.

Esperamos que o artigo tenha ajudado. Para agendar uma consulta (presencial ou remotamente) e fazer uma avaliação individualizada, acesse nosso site. Se preferir, ligue (11 2151-0240) ou envie uma mensagem no WhatsApp. Estamos à disposição!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em sarcomas e tumores gastrointestinais. Com doutorado em Medicina de Precisão pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e fellowship no MD Anderson Cancer Center, é reconhecido pela atuação em pesquisas clínicas e tratamentos inovadores, sempre com foco no cuidado integral e humanizado.