
Dr. Roberto Pestana explica os sintomas do câncer de esôfago
Dificuldade para engolir, vômitos (às vezes, com sangue),assim como tosse e/ou rouquidão contínuas, entre outros problemas, podem ser sintomas do câncer de esôfago. Aliás, o risco da doença ocorrer aumenta, consideravelmente, quando há o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, entre outros fatores.
Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, mostramos os principais sintomas do câncer de esôfago. Para conhecê-los e esclarecer suas dúvidas a respeito do diagnóstico e tratamento dessa doença grave, continue a leitura!
O que é o câncer de esôfago?
O câncer de esôfago é um tumor maligno que surge no “tubo” que conecta a garganta ao estômago. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), excetuando-se o câncer de pele não melanoma, trata-se do 13º tipo de câncer mais comum no Brasil.
Outro dado relevante é que a sua incidência é duas vezes maior entre os homens do que nas mulheres, principalmente, entre os mais velhos. Isso é explicado, principalmente, pela maior exposição do público masculino aos fatores de risco associados à doença — como mostraremos a seguir.
Quais são as causas da neoplasia?
Antes de mostrarmos os sintomas do câncer de esôfago, é preciso saber que a maior parte dos casos da doença tem causas desconhecidas. Entretanto, sabe-se que alguns comportamentos aumentam o risco de desenvolvê-la. São eles:
- tabagismo — o qual, isoladamente, corresponde a 25% dos casos da doença;
- ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, mesmo que esporadicamente;
- consumo de bebidas muito quentes, a 65 °C ou mais;
- doença do refluxo gastroesofágico;
- obesidade, condição que facilita o desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágico;
- histórico pessoal para cânceres de cabeça, pescoço ou pulmão;
- irritações prolongadas (devido ao refluxo gastroesofágico, ao esôfago de Barrett, à acalasia ou à síndrome de Plummer-Vinson);
- algumas mutações genéticas hereditárias, como a anemia de Fanconi, a tilose (síndrome de Howell-Evans),a síndrome de Bloom e, novamente, o esôfago de Barrett;
- lesões cáusticas, ou seja, queimaduras e consequentes cicatrizes por ingestão de soda cáustica;
- exposição a certos agentes químicos, como vapores de combustíveis fósseis, herbicidas, ácido sulfúrico, ácido negro de fumo e poeiras de metais, carvões e da construção civil;
- histórico de trabalho, sem a devida proteção, em indústrias de couro, na mineração, em metalúrgicas, em petroquímicas, em indústrias automotivas, em lavanderias ou serviços de lavagem a seco, na agricultura e na construção civil.
Quais são os tipos histológicos mais comuns?
O tumor esofágico mais incidente é o adenocarcinoma do esôfago. Ele se desenvolve a partir das células glandulares, presentes na porção inferior do órgão, próximas à junção com o estômago.
Em seguida, aparecem os casos de carcinoma epidermoide escamoso. Na maioria das vezes, esse tipo de tumor se desenvolve nas células escamosas que revestem o órgão, sendo prevalente na sua porção média e superior.
Existem, ainda, os tipos de câncer de esôfago considerados raros. É o caso dos linfomas, dos melanomas e dos sarcomas.
Quais são os sintomas do câncer de esôfago?
Em sua fase inicial, o tumor esofágico é assintomático. Porém, com a progressão da doença no organismo, alguns sintomas do câncer de esôfago começam a aparecer. Dentre eles, destacam-se:
- dor e/ou dificuldade para engolir (disfagia);
- dor retroesternal (atrás do meio do peitoral);
- tosse persistente e rouquidão contínua;
- náuseas, vômitos e sensação contínua de falta de apetite;
- hemorragia (vômitos com sangue);
- desnutrição e perda considerável de peso sem causa aparente.
O que fazer em caso de suspeita da doença?
Em caso de suspeita, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais. Isso aumenta as chances de obter um diagnóstico preciso e oportuno, favorecendo a recuperação do paciente sem maiores complicações.
Confira também: Conheça o Dr. Roberto Pestana, médico oncologista no Albert Einstein
Diagnóstico
Para investigar o quadro, o médico realiza um exame físico cuidadoso do pescoço e do tórax. Além disso, analisa o histórico clínico do paciente (pessoal e familiar) e considera, também, os fatores de risco associados, bem como sintomas apresentados.
Mas, para elucidar o diagnóstico, ele precisa solicitar exames de imagem da região, tais como:
- esofagograma (um tipo de exame radiográfico);
- endoscopia digestiva alta;
- tomografia computadorizada (TC);
- ou ressonância magnética (RM).
A detecção da doença, entretanto, exige a realização de uma biópsia da lesão, geralmente, realizada durante a endoscopia. Se confirmada, geralmente, solicita-se, ainda, uma tomografia por emissão de pósitrons (PET scan),para checar se houve disseminação para áreas distantes.
Tratamento
O tratamento do câncer esofágico varia conforme o tipo e o estadiamento do tumor, assim como as condições de saúde geral do paciente. Dessa forma, pode ser cirúrgico, endoscópico, radioterápico, quimioterápico, imunoterápico e/ou feito com terapia alvo, indicado segundo os preceitos da oncologia de precisão.
Essa abordagem entende que a personalização terapêutica é a melhor estratégia para recuperar a saúde e restabelecer a qualidade de vida dos pacientes. Isso, por sua vez, exige a participação de uma equipe multidisciplinar.
Para concluir, agora que você conhece os sintomas do câncer de esôfago, lembre-se que, quanto mais cedo uma neoplasia é identificada, maiores as chances curá-la. Por isso, caso apresente uma ou mais manifestações suspeitas, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais o mais breve possível e faça uma avaliação individualizada!
Vale lembrar que o Dr. Roberto (expert na área e adepto da oncologia de precisão) atende tanto presencialmente, em São Paulo, SP, como por telemedicina. Sendo assim, seja para avaliar seu quadro ou ter uma segunda opinião, conte com ele: agende sua consulta pelo site, telefone (11) 2151-0240 ou WhatsApp!
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