Adenocarcinoma de pâncreas: do diagnóstico ao tratamento

Adenocarcinoma de pâncreas: do diagnóstico ao tratamento

adenocarcinoma de pâncreas é o tumor maligno mais comum no órgão. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca),ele corresponde a 90% dos casos diagnosticados da doença. Para complicar, dado o seu comportamento agressivo e a dificuldade de detecção em estágios iniciais, apresenta altas taxas de mortalidade.

Neste artigo, mostramos como é caminho percorrido desde a sua identificação até a definição do tratamento. Veja, também, a importância de contar com um especialista em tumores gastrointestinais na condução desse processo. Boa leitura!

O que é o adenocarcinoma de pâncreas?

O adenocarcinoma de pâncreas é um tumor que se desenvolve a partir dos ductos pancreáticos e, às vezes, das células produtoras de enzimas pancreáticas. Segundo o Inca, ele é responsável por 1% de todos os cânceres diagnosticados no Brasil e por 5% dos óbitos relacionados à doença. Dessa forma, é considerado um tumor com alta letalidade.

Na maioria das vezes, o tumor se encontra no lado direito do órgão (conhecido como cabeça). Mas, também pode surgir no lado esquerdo (a chamada cauda) ou no centro (corpo).

Para conhecer as causas e fatores de risco associados à doença, leia este artigo.

Vale destacar que a identificação precoce do adenocarcinoma de pâncreas não é comum, pois os sinais e sintomas da doença costumam se manifestar somente em estágios avançados. Nessas fases, o paciente pode apresentar icterícia, urina escura, dor contínua no abdome superior ou nas costas, cansaço, falta de apetite, perda de peso, entre outros sinais não exclusivos.

Como é feito o diagnóstico?

O adenocarcinoma de pâncreas é considerado raro antes dos 30 anos, sendo mais comum após os 60 anos. Além disso, sua incidência é mais significativa entre os indivíduos do sexo masculino.

Para investigar a suspeita da doença, o oncologista considera os sinais, sintomas e fatores de risco apresentados pelo paciente, bem como realiza o exame físico. Em seguida, solicita exames de imagem, como ultrassonografia (abdominal ou endoscópica),tomografia por emissão de pósitrons (PETscan),ressonância magnética, colangiopancreatogratia (endoscópica ou por ressonância magnética).

Além desses, exames de sangue, como a prova de função hepática e a dosagem de alguns marcadores tumorais (como o Ca 19.9),também são necessários. Porém, a definição do diagnóstico é obtida, somente, pela biópsiaa qual pode ser:

  • percutânea;
  • endoscópica, feita com a retirada de material para estudo histopatológico durante a endoscopia ou na colangiopancreatografia endoscópica retrógrada;
  • cirúrgica, realizada com a remoção da amostra por cirurgia.

Quais são os tipos de tratamento?

A escolha da terapêutica empregada no tratamento do adenocarcinoma de pâncreas depende:

  • das características específicas do tumor (tipo, localização e estágio);
  • da idade e das condições de saúde gerais do paciente.

cirurgia para ressecção do tumor, isolada ou associada a outras terapêuticas, é o tratamento com potencial curativo. Ela pode ser indicada de imediato ou após a realização de alguma terapêutica neoadjuvante para pacientes em bom estado clínico e com doença localizada.

Quando não é possível realizá-lo, pode-se recorrer à ablação ou à embolização, assim como à radioterapia e/ou à quimioterapia (isoladas ou associadas). Outras possibilidades terapêuticas são a terapia alvo e/ou a imunoterapia.

Aqui, cabe uma ressalva importante. O INCA reforça que o tratamento cirúrgico apresenta melhores desfechos quando realizado em centros de referência em oncologia. Isso, não apenas por causa da infraestrutura completa, mas também pela experiência dos profissionais na sua execução.

Vale lembrar que a cirurgia para remoção do tumor pancreático costuma ser feita com a técnica de Whipple, uma abordagem longa e complicada. E, mesmo quando é possível realizá-la por laparoscopia, continua sendo complexa.

Portanto, em caso de suspeita ou diagnóstico confirmado de adenocarcinoma de pâncreas, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais. Cabe a ele definir a melhor terapêutica (ou combinação de terapêuticas) para cada paciente individualmente. Para quem mora ou pode vir à capital paulista — o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e expert na área — está à disposição!

Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, se ainda restarem dúvidas a respeito, sinta-se à vontade para entrar em contato!

Compartilhe

Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.