adenocarcinoma de pâncreas é o tumor maligno mais frequente no órgão e, como tal, o mais conhecido. Já os demais tipos são tidos como câncer de pâncreas raros.

Neste artigo, sob revisão do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, citamos sete subtipos de cânceres pancreáticos incomuns. Além disso, explicamos como são feitos os respectivos diagnósticos e tratamentos, entre outras informações importantes. Continue a leitura e saiba mais!

Fatores de risco e prevenção

As causas específicas para o câncer pancreático ainda não são conhecidas. Sabe-se, entretanto, que as chances de apresentar a doença aumentam em pessoas que ingerem bebidas alcoólicas com frequência e/ou em quantidades elevadas. Além disso, o tabagismo e o consumo excessivo de gorduras também potencializam o risco da neoplasia se desenvolver.

Há, ainda, uma maior tendência para a sua ocorrência em pessoas com diabetes, sobrepeso ou obesas e/ou com pancreatite (inflamação do órgão) crônica.

Existe, também, o risco genético, devido a presença de certas doenças familiares. Entre as síndromes hereditárias que podem provocar câncer de pâncreas, pode-se citar a mutação em BRCA1/BRCA2, a síndrome de Lynch, a síndrome de Peutz-Jeghers, a síndrome de pancreatite familiar e outras.

Para se aprofundar no assunto, leia: Fatores de risco para o câncer de pâncreas

Assim, os referidos fatores de risco valem para todos os tipos da doença, seja um adenocarcinoma pancreático ou um câncer de pâncreas raro. Para preveni-la, portanto, é preciso evitá-los, revendo seu estilo de vida e adotando hábitos saudáveis.

7 tipos de câncer de pâncreas raros

Os cânceres de pâncreas raros podem ter origem exócrina (começam nas células que produzem as enzimas pancreáticas) ou neuroendócrina (começam nas células que fabricam hormônios, responsáveis por regular diversas funções do organismo). Conheça os sete principais a seguir:

  1. tumores neuroendócrinos;
  2. sarcomas do pâncreas;
  3. carcinomas adenoescamosos;
  4. carcinomas de células escamosas;
  5. carcinomas de células em anel de sinete;
  6. carcinomas indiferenciados;
  7. carcinomas indiferenciados de células gigantes.

Sinais e sintomas gerais

Os sinais e sintomas provocados por cânceres de pâncreas raros variam conforme o tipo, estágio, tamanho e localização do tumor. Além disso, também variam de paciente para paciente, de acordo com sua idade e condições clínicas.

No entanto, de maneira geral, pode-se destacar algumas manifestações mais comuns — as quais, apesar de genéricas (ou seja, comuns a outras doenças),merecem ser investigadas. É o caso, por exemplo, da:

  • redução ou perda do apetite;
  • emagrecimento espontâneo;
  • tonturas recorrentes;
  • náuseas;
  • fraqueza;
  • urina escurecida;
  • icterícia (pele e olhos amarelados);
  • dor na parte superior do abdômen;
  • dor nas costas, que aumenta de intensidade;
  • hiperglicemia e, por vezes, surgimento do diabetes em adultos.

Veja mais detalhes em: 11 sinais e sintomas do câncer de pâncreas

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico dos diferentes tipos de câncer de pâncreas raros costuma ser feito a partir de alterações reveladas em exames de sangue, de imagem, ou de urina.

Mas, para confirmar ou descartar a hipótese da doença é necessário realizar uma biópsia. Após a emissão do laudo histopatológico, em caso de confirmação, descobre-se, também, o tipo e o estadiamento (estágio de desenvolvimento) do tumor.

Os tratamentos dos cânceres de pâncreas raros, por sua vez, são definidos pelo oncologista especialista em tumores gastrointestinais e uma equipe multidisciplinar. Em fases iniciais, costuma-se realizar a cirurgia para retirada do tumor e da margem de segurança.

Ao mesmo tempo, pode-se associar sessões de radioterapia e/ou de quimioterapia à abordagem cirúrgica. Outras terapêuticas, como terapia alvo e imunoterapia, também podem ser requisitadas em quadros específicos.

Para entender melhor o papel de cada um, leia: 5 tratamentos para câncer de pâncreas

Agora que você conhece os tipos de câncer de pâncreas raros, caso identifique sinais ou sintomas suspeitos, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais. É importante lembrar que, em caso de confirmação, a rapidez no diagnóstico e o início de um tratamento preciso favorece o prognóstico do paciente!

Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana presencialmente, em São Paulo ou por telemedicina. Basta acessar o formulário online e fazer seu pré-agendamento!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.