Mais prevalente em idosos, o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. Ou seja, sua incidência é relativamente comum segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Neste artigo, explicamos quais são os tipos de neoplasias esofágicas e quais sinais e sintomas podem manifestar. Mostramos também como é o diagnóstico e o tratamento da doença. Confira!

Quais são os tipos de câncer de esôfago?

O câncer de esôfago (tubo muscular que conecta garganta e estômago) se inicia na mucosa do órgão (parte interna) e se desenvolve através da submucosa e da camada muscular. Existem dois tipos principais:

  • carcinoma de células escamosas (ou carcinoma epidermoide),que começa nas células escamosas que revestem o órgão, geralmente, localizados na parte superior ou média;
  • adenocarcinoma, que começa nas células glandulares que produzem muco, localizadas na parte mais inferior do órgão, próximo à junção com o estômago.

O carcinoma de células escamosas é o tipo de câncer esofágico mais incidente. Entretanto, o adenocarcinoma vem se tornando cada vez mais frequente, devido ao aumento dos quadros de obesidade e da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Além desses, ainda existem outros tipos de neoplasias de esôfago, consideradas raras. É o caso dos sarcomas, dos linfomas e dos melanomas originados no órgão.

Como são os sinais e sintomas da doença?

Em estágio inicial, o câncer de esôfago é assintomático. Mas, conforme a doença avança, os sinais e sintomas começam a aparecer. Os mais comuns são:

  • dificuldade de deglutição (disfagia);
  • dor epigástrica (parte alta do abdômen);
  • dor torácica;
  • tosse persistente e/ou rouquidão contínua;
  • náuseas, vômitos e sensação contínua de falta de apetite;
  • hemorragia (manifestada nos vômitos com sangue);
  • refluxo;
  • perda do apetite e desnutrição;
  • perda considerável de peso.

Vale destacar que, na maioria das vezes, a disfagia sinaliza que a doença está em estágio avançado. A dificuldade para engolir começa com os alimentos sólidos, progride para os pastosos e, em seguida, para os líquidos.

Como é o diagnóstico do câncer esofágico?

detecção precoce é a chave para tratamentos mais simples e efetivos. Isso porque, tumores diagnosticados em fase inicial têm chances de cura bem maiores.

Para tanto, é imprescindível realizar os check-ups de saúde periódicos, mesmo sem apresentar problemas. Afinal, o câncer de esôfago, assim como muitas outras doenças, não gera sinais ou sintomas em estágio inicial.

Já no caso de apresentar uma ou mais manifestações suspeitas, principalmente, se não melhorarem em poucos dias, deve-se procurar um médico e investigá-las. Ainda que, na maioria das vezes, os sinais e sintomas não tenham relação com um câncer, é imprescindível avaliá-los.

Em caso de suspeita de câncer esofágico, o médico realiza uma anamnese detalhada, perguntando sobre o histórico clínico pessoal e familiar e sobre os fatores de risco. Além disso, realiza alguns exames físicos, atentando-se para a região do pescoço e tórax, e solicita uma endoscopia digestiva alta, associada à biópsia.

Como é o tratamento do câncer de esôfago?

Se confirmada a doença, o paciente é encaminhado para um oncologista especialista em tumores gastrointestinais. O tratamento varia conforme o estadiamento (tipo, tamanho, localização, grau de agressividade e se está ou não disseminado) e as condições de saúde do paciente.

Geralmente, realiza-se a cirurgia para remoção do tumor e, se necessário, outras terapêuticas isoladas ou combinadas, como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou terapia alvo. Mas, se detectado em fase inicial, o tumor pode ser tratado por ressecção local, realizada durante a endoscopia, dispensando a necessidade do procedimento cirúrgico.

Além disso, recomenda-se o acompanhamento com uma nutricionista, para prevenir a desnutrição, e de outros especialistas eventualmente necessários, para a promoção do cuidado integral. No mais, para potencializar os efeitos do tratamento, deve-se adotar hábitos de vida saudáveis, incluindo:

  • parar de fumar;
  • não ingerir bebidas muito quentes;
  • evitar o consumo de álcool;
  • evitar a exposição a poeiras e vapores tóxicos.

Assim, o câncer de esôfago pode ser curado e as chances aumentam quanto mais precoce for o diagnóstico e o início do tratamento. Por isso, é importante manter os check-ups de saúde em dia e, em caso de sinais ou sintomas suspeitos, procurar atendimento médico o quanto antes!

Se desejar saber mais, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico especialista em cânceres gastrointestinais. Ele atende no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, e também por telemedicina (consulta online).

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.