câncer de intestino tem cura e, felizmente, as taxas são altas. Mas, um dos principais fatores para vencer a doença sem maiores complicações é o diagnóstico precoce. Por isso, sinais e sintomas suspeitos devem ser investigados sem demora, de preferência, por um especialista na área.

Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico especializado em tumores gastrointestinais, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, abordamos o assunto. Continue a leitura e confira!

O que é o câncer de intestino?

O câncer de intestino engloba os tumores que surgem no intestino grosso (chamado cólon) e reto (sua parte final). Também conhecido como câncer colorretal ou câncer de cólon e reto, é considerado bastante frequente, sendo o tumor mais importante do sistema digestivo.

Geralmente, esse tipo de neoplasia cresce a partir de pólipos (lesões benignas presentes na parede interna dos referidos órgãos). Em seus estágios iniciais, a doença é assintomática. Porém, em estágios avançados pode apresentar sinais e sintomas diversos, tais como dor abdominal, sangue nas fezes, massa palpável no abdômen, emagrecimento sem justificativa aparente, entre outros.

Por que o diagnóstico precoce é tão importante?

Se identificado precocemente e tratado em tempo oportuno, o câncer de intestino tem cura. Sabe-se que quando o tumor é identificado em suas fases iniciais, o sucesso do tratamento aumenta consideravelmente, com índices de cura superiores a 90%.

Por isso, sinais e sintomas suspeitos nunca devem ser ignorados — mas, sim, investigados por um oncologista especialista na área. Para checar a hipótese de câncer colorretal, o médico solicita exames como:

  • pesquisa de sangue oculto nas fezes;
  • endoscopia (no caso, colonoscopia ou retossigmoidoscopia);
  • biópsia, quando encontrados achados sugestivos para a doença.

Outro ponto importante é que, graças ao exame de colonoscopia, o especialista pode intervir de maneira preventiva, ou seja, antes do surgimento do tumor. Para isso, indica-se a remoção de eventuais pólipos colorretais — lesões pré-malignas consideradas como o principal fator de risco para a doença.

Sendo assim, a partir dos 50 anos de idade, mesmo sem fatores de risco, indica-se a realização de exames preventivos para o câncer colorretal. Já em pacientes com histórico familiar para a doença, o rastreamento deve começar aos 45 anos ou antes, conforme a orientação do médico responsável.

Saiba mais emColonoscopia: quando e por que fazer o exame preventivo?

Como é o tratamento do câncer de intestino?

tratamento para o câncer de intestino varia conforme o estágio do tumor (tamanho, localização e extensão) e as condições de saúde geral do paciente. Para tumores pequenos e superficiais, geralmente, realiza-se a remoção cirúrgica durante o exame de colonoscopia.

Para tumores maiores, pode ser preciso realizar uma colectomia. Essa consiste em uma cirurgia para remover a parte do intestino acometida e os gânglios linfáticos (estruturas ligadas ao sistema imunológico, situadas no abdômen) próximos. Ela pode ser convencional (feita por via aberta),por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica.

A colectomia, algumas vezes, ainda é associada à colostomia temporária. Trata-se do procedimento no qual o cólon fica exteriorizado no abdômen e o paciente usa uma bolsa coletora, para facilitar a evacuação.

Nas colectomias videolaparoscópicas e robóticas, o tempo de internação é menor. Isso proporciona uma recuperação mais rápida, com menor índice de complicações.

Outra boa notícia é que, atualmente, graças aos avanços nas técnicas cirúrgicas, o uso da bolsa de colostomia não é mais recorrente. Quando indicado, seu emprego costuma ser apenas temporário — a chamada colostomia temporária.

Já nos casos avançados, em que os tumores estão grandes e bloqueando o cólon, realiza-se a cirurgia para aliviar a obstrução, mas sem remover a parte afetada. Outras opções terapêuticas são a radioterapia, associada, ou não, à quimioterapia, feita antes e/ou depois da cirurgia. Por vezes, utiliza-se a imunoterapia como alternativa ou complemento à quimioterapia. Seja qual for a indicação, a combinação de diferentes estratégias visa reduzir as chances de reaparecimento do tumor.

Quais são os principais cuidados após o tratamento?

Após o tratamento, é imprescindível fazer o acompanhamento médico a longo prazo. Graças a esse cuidado, pode-se monitorar a saúde do paciente e detectar possíveis recidivas ou até o surgimento de novos tumores.

Além disso, para favorecer a fase de recuperação, recomenda-se adotar uma alimentação saudável, pois uma dieta balanceada ajuda a reabilitar os tecidos intestinais afetados pela cirurgia. Portanto, inclua frutas, hortaliças, leguminosas, grãos integrais, leite desnatado e derivados, peixe, frango e carne vermelha (em pequenas quantidades) na rotina alimentar e beba bastante água.

Para se aprofundar sobre o assunto, leia: Cardápio para quem tem câncer de intestino

O câncer de intestino tem cura?

Como mencionado, o câncer de intestino tem cura, principalmente, quando diagnosticado e tratado precocemente. Mas, mesmo quando a doença se espalhou, gerando metástases no fígado, pulmão e/ou outros órgãos, as chances ainda existem, no entanto são bem menores.

Caso deseje conversar a respeito, marque uma consulta com o Dr. Roberto — presencialmente, na capital paulista, ou remotamente, por telemedicina. Você pode fazer seu pré-agendamento pelo site ou entrar em contato pelo telefone (11 2151–0556) ou WhatsApp (11 99150-9179)!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em sarcomas e tumores gastrointestinais. Com doutorado em Medicina de Precisão pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e fellowship no MD Anderson Cancer Center, é reconhecido pela atuação em pesquisas clínicas e tratamentos inovadores, sempre com foco no cuidado integral e humanizado.