
Quais os tratamentos para câncer de intestino?
Existem diversas opções de tratamentos para câncer de intestino — também chamado de câncer colorretal ou câncer de cólon e reto. Ainda que a escolha varie conforme as condições de cada paciente, geralmente, a abordagem consiste na cirurgia, por vezes, associada a outras terapêuticas.
Neste artigo, revisado pelo oncologista clínico Dr. Roberto Pestana, especialista em cânceres gastrointestinais, falamos a respeito. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
O que é e como prevenir o câncer de intestino?
O câncer de intestino corresponde aos tumores malignos que surgem no cólon (intestino grosso) e reto (parte final do intestino, imediatamente anterior ao ânus). O adenocarcinoma de cólon é o mais comum deles. A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável, desde que detectada precocemente (antes de se disseminar).
Leia também: Quais são as chances de cura do câncer de intestino?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca),esse é um dos cânceres que mais atingem homens e mulheres em todo o mundo. O número estimado de novos casos no Brasil, em 2025, é de 45.630, sendo 21.970 homens e 23.660 mulheres.
Muitas vezes, os tumores de intestino se iniciam a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede do cólon. Para prevenir a doença, recomenda-se:
- evitar o consumo de carnes processadas (como salsicha, mortadela, linguiça, peito de peru, salame, presunto, bacon etc);
- limitar o consumo de carne vermelha a, no máximo, 500 gramas por semana;
- ter alimentos in natura (frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais) e minimamente processados como base da alimentação;
- não fumar e não se expor ao tabagismo;
- evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
- praticar atividades físicas regularmente, movimentando-se diariamente ou na maior parte dos dias;
- fazer o exame de rastreamento (colonoscopia), a partir dos 50 anos de idade ou quando indicado pelo médico, visando a detecção precoce.
Quais são os principais sintomas da doença?
Os principais alertas para o câncer de intestino são:
- presença de sangue nas fezes;
- mudança do hábito intestinal (diarreia ou constipação);
- fezes muito finas e compridas;
- dor, cólica ou desconforto abdominal;
- fraqueza e anemia;
- perda de peso sem causa aparente;
- massa abdominal palpável.
Como é possível notar, esses sinais e sintomas são inespecíficos e podem estar relacionados a diversas outras condições, a maioria benignas. Mas, caso não melhorem em alguns dias, devem ser investigados e, a partir do diagnóstico, adequadamente tratados.
Quais são os tratamentos para câncer de intestino?
Os tratamentos para câncer de intestino são diversos e sua indicação depende do estágio do tumor, bem como das condições de saúde do paciente. Na maioria dos casos, indica-se a cirurgia para remoção do tumor e dos gânglios linfáticos.
Para tumores pequenos e superficiais, costuma-se realizar a sua remoção durante o próprio exame de colonoscopia. Já para tumores maiores, é preciso remover a parte do intestino que contém o tumor e os linfonodos próximos. Trata-se da colectomia, por vezes, associada à colostomia temporária (cirurgia na qual o cólon fica exteriorizado no abdômen e o paciente usa uma bolsa coletora).
A colectomia pode ser feita convencional (por via aberta),por videolaparoscopia ou robótica. Nas duas últimas, a intervenção requer menos tempo de internação e proporciona uma recuperação mais rápida, com menor índice de complicações.
Por fim, nos casos em que os tumores são grandes e estão bloqueando o cólon, realiza-se a cirurgia para aliviar a obstrução, mas sem remover a parte afetada. Com isso, pode-se dar início às outras opções terapêuticas.
Saiba mais em: Cirurgia de câncer no intestino
Assim, por vezes, pode-se indicar radioterapia associada, ou não, à quimioterapia (antes ou depois da cirurgia),visando diminuir o risco de recidiva (retorno do tumor). Além disso, em alguns casos, a imunoterapia é indicada como alternativa ou de forma complementar à quimioterapia.
Para concluir, os tratamentos para câncer de intestino são efetivos e, se iniciados em tempo oportuno, podem levar à cura. Já quando a doença está espalhada, com metástases à distância, as chances de cura são reduzidas. Por isso, em caso de diagnóstico da doença, procure um oncologista especialista em tumores gastrointestinais o quanto antes.
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