imunoterapia para tumores raros é um tratamento promissor, que vem se mostrando bastante eficiente e possibilitando uma sobrevida prolongada. Sua indicação se baseia no tipo e estágio do tumor, assim como nas condições do paciente, podendo ser feita isolada ou associada a outras terapêuticas.

Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein e pesquisador de novos tratamentos com imunoterapia, falamos mais a respeito. Confira!

O que são e quais as causas dos tumores raros?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),estima-se que existam mais de 200 tipos de tumores raros. Esses respondem por cerca de 30% dos diagnósticos de câncer em todo mundo.

No Brasil, ainda não há uma definição formal para tumores raros. Considera-se como tal os cânceres que fogem do comum e afetam um percentual muito pequeno da população (geralmente, menos de 6 casos a cada 100.000 pessoas). Nesse cenário, incluem-se os cânceres de baixa incidência, os que se originam em locais incomuns e os de tipos celulares raros. São exemplos:

Na maior parte das vezes, as causas exatas dos cânceres raros são desconhecidas, dado o número reduzido de pacientes diagnosticados com os mesmos. Isso, por sua vez, reflete na demora diagnóstica e no atraso do tratamento.

Uma vez diagnosticado, o ideal é que o paciente seja encaminhado para um oncologista especialista no câncer em questão. Algumas vezes, quando o tumor raro é um subtipo de um tumor mais conhecido, o tratamento pode ser similar (o chamado tratamento por analogia). Em outros casos, o médico pode sugerir a participação em um estudo clínico, possibilitando o acesso a um tratamento novo e promissor — como a imunoterapia para tumores raros.

Como funciona a imunoterapia para tumores raros?

A imunoterapia é um tratamento biológico que consiste na administração de medicação intravenosa para fortalecer o sistema imunológico, potencializando-o para combater infecções e outras enfermidades. No caso do câncer, o tratamento imunoterápico ajuda o sistema imune do paciente a reconhecer e atacar, especificamente, as células tumorais. Para isso, muitas vezes, ela é associada a outras terapêuticas, como quimioterapia ou terapia alvo.

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Dessa forma, é o próprio organismo que entra em ação para combater a doença, levando a remissão de longo prazo e até à cura. Tudo isso, vale destacar, com menos toxicidade, provocando menos efeitos colaterais.

O tratamento imunoterápico é considerado eficiente?

Além de se mostrar eficaz no tratamento de cânceres mais incidentes, a imunoterapia para alguns tumores raros também vem se mostrando altamente promissora. Entre os sarcomas, por exemplo, os lipossarcomas desdiferenciados, sarcomas pleomórficos de alto grau, sarcomas alveolares de partes molesangiossarcomas e sarcoma de Kaposi apresentam boas taxas de resposta à terapêutica.

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Assim, é preciso ter em mente que todos os cânceres (comuns ou não) surgem porque o sistema imunológico falhou e que os tumores têm mecanismos para driblá-lo (uma espécie de escudo molecular). Por isso, um dos avanços mais importantes no combate à doença foi o desenvolvimento da nova classe de imunoterápicos, chamados inibidores de checkpoint. Tratam-se, justamente, de medicamentos que ajudam a reativar o sistema imune, corrigindo a “falha” induzida pelo tumor e impedindo-o de avançar livremente.

No entanto, nem todos pacientes oncológicos têm indicação para receber os imunoterápicos, assim como nem todos os cânceres são tratados dessa maneira. Ainda assim, a nova geração de imunoterapia para tumores raros se mostra uma estratégia cada vez mais benéfica.

Como ter acesso ao melhor tratamento?

O melhor tratamento para o câncer consiste na abordagem individualizada da doença, conforme as necessidades e, se possível, preferências de cada paciente, junto a cuidados multidisciplinares. Como mostrado, quando indicada, a imunoterapia para tumores raros é bastante promissora!

Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Roberto. Para facilitar, ele atende tanto em consultas presenciais, na capital paulista, como virtuais, por telemedicina!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em sarcomas e tumores gastrointestinais. Com doutorado em Medicina de Precisão pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e fellowship no MD Anderson Cancer Center, é reconhecido pela atuação em pesquisas clínicas e tratamentos inovadores, sempre com foco no cuidado integral e humanizado.