Angiossarcoma: sintomas, diagnóstico e tratamento

Angiossarcoma: sintomas, diagnóstico e tratamento

angiossarcoma é um tipo de sarcoma agressivo, que se desenvolve nos vasos sanguíneos. A partir de então, pode atingir diversos órgãos internos, como o fígado, o baço, o coração e a pele, principalmente, na região do rosto e do couro cabeludo. Geralmente, ocorre em indivíduos idosos.

Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, SP, explicamos tudo a respeito. Continue a leitura, conheça as características desse tumor e entenda como é feito seu diagnóstico e tratamento.

O que é um angiossarcoma?

O angiossarcoma faz parte do grupo dos sarcomas de partes moles. Esses se originam nas células do tecido conjuntivo e podem surgir em qualquer parte do corpo.

Quais são seus subtipos?

Existem diversos subtipos de angiossarcomas, os quais são classificados conforme o local de origem no organismo. Entre eles, destacam-se:

  • Angiossarcoma cardíaco, quando o tumor primário se desenvolve no interior das artérias e veias do coração;
  • Angiossarcoma cutâneo ou angiossarcoma de pele, quando surge nos vasos sanguíneos da pele, principalmente, da cabeça;
  • Angiossarcoma de mama, quando se desenvolve nas células dos vasos sanguíneos ou linfáticos das mamas (geralmente, de oito a dez anos após o tratamento radioterápico para o câncer de mama);
  • Angiossarcoma hepático, quando surge nos vasos sanguíneos do fígado;

Quais são suas principais causas?

A maioria dos angiossarcomas tem causa desconhecida. Entretanto, em alguns casos, há um, claro fator que pode ter aumentado o risco de seu desenvolvimento. Nesses casos, o desenvolvimento da doença está relacionada principalmente ao contato com agentes cancerígenos, tais como os presentes:

  • Na realização de tratamentos oncológicos anteriores;
  • Na exposição a certas substâncias tóxicas (como arsênico, rádio, dióxido de tório e cloreto de vinilo, entre outras);
  • Na exposição a radiações.

Outro fator de risco importante para a sua ocorrência é o chamado linfedema. Trata-se do acúmulo de líquidos linfáticos nas pernas, braços, abdome, rosto, pescoço e/ou órgãos genitais.

Quais são seus sintomas?

Depende do tipo de tumor. O angiossarcoma cutâneo é o subtipo mais comum, aparecendo em cerca de 60% dos casos de diagnóstico da doença.

Quando está em estágio avançado, seu principal sintoma são as manchas vermelhas na pele. Além disso, pode ocorrer

  • Lesões ou cortes;
  • Manchas com aparência de hematomas;

O angiossarcoma de partes moles fica em segundo lugar, sendo responsável por 25% dos diagnósticos. Nesse caso, o tumor leva à formação de massas palpáveis nas extremidades (joelhos e cotovelos) ou dentro do abdome.

Já o angiossarcoma de mama, o qual é menos frequente, pode provocar dor, protuberâncias ou variações no formato das mamas e/ou dos mamilos, com ou sem erupções cutâneas. Além disso, a pele do peitoral pode se tornar mais espessa e/ou ondulada, bem como pode haver saída de secreção sanguinolenta dos mamilos. O inchaço nas axilas também costuma ser notado.

Como é feito o diagnóstico?

O angiossarcoma cresce muito rápido. Por conta disso, a maioria dos diagnósticos ocorre tardiamente, quando o tumor já está disseminado pelo organismo.

A determinação da doença é dada por meio de biópsia. Quando confirmada, os tumores são classificados como:

  • de baixo grau (com lesões são bem diferenciadas);
  • de alto grau (com lesões são mal diferenciadas).

Como é o tratamento?

O tratamento do angiossarcoma varia conforme o tipo do tumor, sua localização, tamanho, estadiamento e se há, ou não, disseminação para outras áreas (metástases). A idade e as condições de saúde gerais do paciente também são consideradas.

cirurgia para ressecção do tumor é a abordagem mais realizada. Muitas vezes, ela é associada à radioterapia e/ou à quimioterapia, as quais podem ser realizadas antes e/ou depois da operação. A imunoterapia também tem sido cada vez mais indicada.

Em relação ao prognóstico, quanto antes a neoplasia for identificada, maiores as chances de sucesso no tratamento. Por isso, em caso de achados suspeitos, procure sempre um médico e siga suas orientações. Como mostrado, uma mancha dolorosa pode ser um sintoma de angiossarcoma!

Caso tenha restado alguma dúvida, entre em contato para podermos esclarecê-la. O Dr. Roberto e sua equipe altamente especializada em sarcomas estão à disposição!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.