Tire suas dúvidas sobre o exame de colonoscopia
O exame de colonoscopia é indicado para pessoas pertencentes ao grupo de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal. Além disso, é recomendado quando há sintomas no trato intestinal que não puderam ser esclarecidos com exames de imagem não invasivos. Portanto, é essencial tanto no diagnóstico como na prevenção de várias doenças!
Mas apesar da sua eficiência inquestionável, o exame de colonoscopia ainda “assusta” muita gente. Para diminuir a ansiedade em relação ao procedimento, o primeiro passo é entendê-lo. Sendo assim, que tal continuar a leitura e esclarecer suas dúvidas a respeito?
O que é o exame de colonoscopia?
A colonoscopia é uma endoscopia do intestino grosso e da parte final do intestino delgado (reto, cólon e íleo terminal). Ela é realizada pelo endoscopista e gera imagens de alta definição, que permitem ao médico observar o revestimento mucoso de todo trato intestinal.
Além disso, durante a colonoscopia é possível realizar a retirada de pólipos que no futuro poderiam se transformar em tumores. O exame permite, ainda, fazer biópsias de áreas suspeitas.
Quais são os preparos necessários?
Muitos pacientes consideram a preparação mais desagradável do que o exame de colonoscopia propriamente. Isso porque, antes de realizá-lo, o cólon precisa estar limpo, para que as mucosas possam ser vistas sem interferências.
Dessa forma, o preparo tem início de um a três dias antes da data do exame. É preciso fazer uma dieta líquida, à base de água e líquidos claros, como sucos coados, chás, bebidas isotônicas e gelatina, e também é necessário tomar laxante, para provocar uma diarreia e, assim, eliminar os vestígios de fezes do intestino.
Em relação aos medicamentos de uso habitual, a maioria não precisa ser suspensa antes do exame. No entanto, alguma dose poderá ser ajustada, por conta da redução da ingestão de alimentos durante o preparo. É sempre importante checar com o seu médico sobre se alguma interrupção ou modificação de dose é necessária. Por exemplo, no caso de anticoagulantes, se houver a necessidade de colher pequenas amostras de tecido para biópsias, a suspensão deve ser estudada pelo médico responsável com base nas características de cada paciente. Algumas vezes, pode ser preciso suspendê-los.
Como é a realização do exame?
O exame de colonoscopia costuma ser feito com sedação. O nível de sedação depende da capacidade de cada paciente colaborar e de suas condições clínicas.
Para realizar o procedimento, é preciso permanecer em decúbito lateral (deitado de lado). Em seguida, o endoscopista introduz o colonoscópio, um aparelho endoscópico longo e fino, com cerca de 1,85 m de comprimento e 1 cm de diâmetro.
Uma vez inserido, o especialista vai avançando o equipamento lentamente, até a parte final do intestino delgado. Graças a uma microcâmera articulada, que pode girar em vários ângulos, o médico consegue visualizar as estruturas analisadas com bastante clareza. Além disso, o endoscopista também pode acoplar um tipo de pinça ao colonoscópio, para remover pólipos e lesões suspeitas e enviá-las para biópsia.
O procedimento demora quanto tempo?
No total, o exame de colonoscopia leva entre 20 minutos e uma hora. Mas, é preciso permanecer no hospital um pouco mais, para se recuperar da sedação.
Aliás, não é permitido dirigir ou trabalhar após o exame, pois o efeito do sedativo só desaparece por completo no dia seguinte. Por isso, deve-se comparecer ao local acompanhado, pois é necessário ajuda para voltar para casa.
A alimentação após o exame pode ser normal. Porém, caso tenham sido retirados pólipos, é necessário seguir uma dieta especial por alguns dias.
O exame de colonoscopia dói?
O que acontece é a formação de gases que, por sua vez, pode provocar cólicas. Essas podem ser mais intensas em alguns pacientes do que em outros, levando à sensação dolorosa.
Mas, por que surgem os gases? Tais formações ocorrem porque, para que o colonoscópio consiga avançar pelo intestino, é preciso “descolar” suas paredes, as quais estão assim por estarem vazias. Para isso, o aparelho libera gás carbônico, provocando a insuflação dessas paredes e permitindo sua progressão.
Quando realizar uma colonoscopia?
A colonoscopia pode ser solicitada tanto pelo gastroenterologista como pelo oncologista especialista em tumores gastrointestinais. Ela faz parte dos exames periódicos, indicados para homens e mulheres a partir dos 45 anos. Antes dessa idade, costuma ser recomendada para quem apresenta risco aumentado de câncer de intestino, com o intuito de preveni-lo.
Confira também: É possível prevenir o câncer?
Além disso, em pacientes jovens, o exame de colonoscopia é bastante empregado na investigação de sintomas ocorridos no trato intestinal. É o caso, por exemplo:
- da constipação intestinal contínua;
- da diarreia persistente;
- da presença de sangue nas fezes;
- da dor abdominal crônica e sem causa aparente.
Esses sintomas são comuns a diferentes doenças (benignas e malignas),o que faz com que a investigação endoscópica seja essencial para chegar a um diagnóstico. Como já mencionamos, muitas vezes é preciso realizar biópsias de lesões ou pólipos presentes no trato intestinal.
Para se aprofundar no assunto, veja: Cirurgia de câncer no intestino
Qual é a importância da colonoscopia?
A colonoscopia fornece informações complementares aos resultados de exames de imagem (radiografias, ultrassonografias e/ou tomografias computadorizadas). Ela é essencial no rastreio do câncer de intestino, pois, com um diagnóstico precoce e preciso, o tumor pode ser descoberto e tratado antes de se disseminar.
Saiba mais em: Conheça os principais tratamentos para o câncer gastrointestinal
Na prática, isso torna o prognóstico da doença animador, com grandes chances de cura. Assim, se seu médico solicitou um exame de colonoscopia, seja qual for a motivação, converse a respeito, tire todas as dúvidas, mas não deixe de realizá-lo!
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Já em caso de suspeita ou diagnóstico de câncer colorretal, sinta-se à vontade para entrar em contato e agendar uma consulta com o Dr. Roberto Pestana. Oncologista clínico especialista em tumores gastrointestinais, ele atende por telemedicina ou presencialmente, em seu consultório no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP).
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