condrossarcoma é um tipo de sarcoma ósseo que se desenvolve a partir das células das cartilagens e pode ocorrer no corpo todo. É mais frequente nos ossos longos das pernas e braços, assim como nos ossos da pelve.

Neste artigo, falamos mais a respeito desse tumor ósseo e explicamos como é o seu diagnóstico e tratamento. Confira!

O que é o condrossarcoma?

O condrossarcoma é um tumor maligno, cujo surgimento ocorre nas células condrais, que formam as cartilagens. Trata-se do segundo tipo mais frequente de tumor ósseo primário, atrás apenas do osteossarcoma.

Aqui, cabe parênteses. É preciso deixar claro que o tumor ósseo primário é bastante incomum. Segundo as estimativas mais recentes da American Cancer Society, somados, todos os tipos de cânceres ósseos em conjunto representam menos de 1% do total de cânceres.

Onde costuma surgir e quais os sintomas?

O condrossarcoma costuma se desenvolver nos ossos das pernas (principalmente, no fêmur) e braços (principalmente, no úmero). Além disso, incide, consideravelmente, nos ossos da pelve. Outros locais menos frequentes são crânio, escápulas, parede torácica e costelas, entre outros.

Em relação aos sintomas, a doença é inicialmente assintomática na maior parte dos casos. Conforme avança, o tumor pode provocar dor, deformação, fratura óssea, e/ou inchaço ou protuberância local. Pode, ainda, limitar os movimentos.

Quais são os principais tipos?

De acordo com suas características, o condrossarcoma pode ser classificado em diversos subtipos, cada qual com diferentes prognósticos e tratamentos. Conheça-os a seguir.

Condrossarcoma convencional

Também chamado de condrossarcoma típico, é o mais comum.

De acordo com a velocidade de crescimento, o condrossarcoma convencional recebe nota de I (1) a III (3).

maioria dos condrossarcomas é de grau I ou II. Quanto menor for a pontuação, mais lento o crescimento e menor o risco de metástases.

Condrossarcoma desdiferenciado

É considerado um tumor agressivo. Esse tipo de tumor se transforma em células semelhantes às dos osteossarcomas ou dos fibrossarcomas. Geralmente, surge em pessoas mais velhas.

Condrossarcoma mesenquimal

É considerado o mais raro e apresenta crescimento rápido. Geralmente, surge em adolescentes e adultos jovens, com idades entre 15 a 35 anos.

Condrossarcoma de células claras

Este tipo apresenta crescimento lento. Não costumam se disseminar (gerar metástases),a não ser quando recidiva por diversas vezes.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?

O tumor ósseo pode ser identificado no exame físico ou em um exame de imagem (radiografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética). Porém, a confirmação do diagnóstico é feita por meio de biópsia.

tratamento é definido conforme o tipo de tumor, localização e estágio, bem como idade e condições clínicas do paciente. De maneira geral, a abordagem se baseia na ressecção cirúrgica do tumor e da margem de segurança.

Se tiver se espalhado para outros locais, pode realizar-se, também, a remoção cirúrgica desses focos. Além disso, em alguns casos, como no condrossarcoma desdiferenciado ou condrossarcoma mesenquimal, é necessário realizar sessões de quimioterapia antes e depois da cirurgia.

Outra possível abordagem é o uso da terapia alvo, a qual se baseia na expressão gênica (alterações nos genes) das células tumores. Nesse caso, a medicação atua, diretamente, sobre os genes e proteínas do condrossarcoma, o que aumenta a eficácia e reduz os efeitos colaterais. No caso do condrossarcoma, os alvos mais promissores são os genes IDH1 e IDH2.

Esperamos ter respondido aos principais aspectos sobre o condrossarcoma. No entanto, se houver suspeita ou diagnóstico da doença, converse com um especialista em sarcomas. Nesse caso, o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, pode ajudar!

Para esclarecer eventuais dúvidas, entre em contato. Nossa equipe está à sua disposição!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.