Qual a diferença entre nódulo e tumor?

Qual a diferença entre nódulo e tumor?

Se você se interessa por oncologia, certamente já se perguntou qual a diferença entre nódulo e tumor. Para começar, vamos às semelhanças: ambos podem ser benignos ou malignos. Já as distinções têm a ver com a forma como se apresentam.

Neste artigo, abordamos o que são tumores e nódulos, como são diagnosticados e tratados. Continue a leitura e tire suas dúvidas!

O que é nódulo?

Nódulo é um termo genérico usado pelos médicos. Ele se refere a qualquer lesão sólida, com mais de um centímetro de diâmetro, e cujo surgimento está ligado a diversos fatores. Uma simples picada de mosquito, por vezes, pode originá-lo.

Geralmente, o nódulo apresenta uma forma bem delimitada. Ele pode se desenvolver na pele ou surgir no tecido conjuntivo de diferentes órgãos internos.

Os locais mais comuns para a ocorrência de nódulos são as mamas, os pulmões e a tireoide. Em relação à forma como costumam ser descobertos, eles podem ser detectados:

  • por meio da palpação — algo comum quando se localiza na mama ou na tireoide;
  • por meio de exames de imagem (como tomografias),quando presente em órgãos mais internos — como nos pulmões, no fígado, entre outros locais.

O que é tumor?

Para saber o que é tumor, é preciso entender que as células do corpo estão em contínua renovação, controladas pelos chamados oncogenes ativadores. O tumor (também chamado de neoplasia) é uma massa de tecido formado por células anormais, que se multiplicam descontroladamente e/ou não morrem quando deveriam. Os fatores que podem se associar à ocorrência de mutações celulares são diversos, como:

  • fatores hereditários (genética);
  • tabagismo e exposição a outras toxinas ambientais;
  • consumo abusivo de bebidas alcoólicas
  • excesso de exposição sem fotoproteção ao sol;
  • obesidade;
  • estresse;

Os sintomas provocados pelo tumor dependem do seu tipo (maligno ou benigno),localização e estágio de desenvolvimento — sendo que, na fase inicial, uma boa parte deles é assintomática. Assim, um tumor gastrointestinal presente há algum tempo, por exemplo, pode levar à perda de sangue nas fezes, alterações nos hábitos intestinais, emagrecimento inexplicável, entre outros problemas.

Como é o diagnóstico desses achados?

Caso você suspeite ter encontrado um nódulo ou um tumor, por meio da palpação ou de outros sinais, procure um médico. O especialista irá investigá-lo por meio de exames físicos, de imagem e laboratoriais.

Só então, poderá confirmar se é um achado benigno ou maligno.

Quando algum deles está relacionado com o câncer?

No caso do nódulo, as bordas regulares e a maleabilidade são bons indicativos de benignidade. Já se o mesmo tiver o contorno irregular, massa mal definida e aderência a tecidos adjacentes, acende o alerta para suspeita de câncer.

Ademais, quando o mesmo cresce de maneira acelerada e desordenada, pode tratar-se de uma neoplasia maligna.

Já quando o tumor cresce de forma lenta e com limites bem definidos, ou seja, sem invadir as áreas adjacentes, mais comumente se trata de uma neoplasia benigna. O mioma e o lipoma são exemplos bastante conhecidos de tumores benignos.

Todo nódulo e tumor precisa de tratamento?

Não necessariamente. Tanto um nódulo como um tumor benigno em geral só precisam ser removidos caso gerem incômodos. Se não, basta acompanhá-los periodicamente para certificar que não estejam afetando nenhuma estrutura.

No entanto, se provocarem sintomas, pode ser necessário removê-los por meio de técnicas cirúrgicas conservadoras. Essas buscam preservar, ao máximo, as áreas ao redor.

Já no caso de nódulos ou tumores malignos, o tratamento é necessário. Esse varia de acordo com o objetivo da abordagem, com as características do achado e, ainda, com as condições do paciente e suas preferências.

Considerando esses elementos, o médico responsável, geralmente, acompanhado por uma equipe multidisciplinar, define a melhor opção terapêutica (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia alvo e/ou hormonioterapia). Vale destacar, ainda, que a chance de cura nesses casos depende, diretamente, do diagnóstico precoce e precisão na indicação do tratamento.

Esperamos ter esclarecido qual a diferença entre nódulo e tumor. Para concluir, caso identifique algo anormal no seu corpo, procure orientação médica e siga as orientações do especialista!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.