Osteossarcoma: conheça as causas e os sintomas
O osteossarcoma é o tipo de câncer mais comum dentre os que se desenvolvem nos ossos. Também chamado de sarcoma osteogênico, trata-se de um tumor raro e mais prevalente em crianças, adolescentes e adultos jovens. Na maioria das vezes, são identificados a partir dos sintomas provocados, como dor e inchaço locais.
Neste artigo, mostramos como esse tipo de sarcoma ósseo ocorre, como são feitos seu diagnóstico e tratamento e, ainda, o que esperar do prognóstico. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o osteossarcoma?
O osteossarcoma é um tumor maligno que se desenvolve a partir do crescimento descontrolado dos osteoblastos (células ósseas),geralmente, em ossos que estão se desenvolvendo rapidamente. Por isso mesmo, os adolescentes são os mais acometidos pela doença, embora possa ocorrer em pessoas de todas as idades.
O tumor é mais frequente nas extremidades dos ossos longos. É o caso do fêmur (osso da coxa),da tíbia (osso da canela),do úmero (osso do braço, entre o ombro e o cotovelo) e da ulna (osso do antebraço). No entanto, também pode acometer outros ossos, como os da mandíbula, do ombro, da pelve, ao redor dos joelhos, entre outras regiões.
Quais são os tipos de tumores?
Os osteossarcomas são classificados quanto ao seu grau (alto, baixo ou intermediário). Para isso, considera-se a velocidade de crescimento e probabilidade do tumor se espalhar. Conheça os principais tipos a seguir.
Osteossarcoma de alto grau
O osteossarcomas de alto grau é o subtipo mais comum e apresenta crescimento acelerado, com mais chances de se espalhar (formar metástases),principalmente, para o pulmão.
Os subtipos de tumores mais frequentes são o osteossarcoma osteoblástico, condroblástico e fibroblástico. Há, também, outros subtipos menos incidentes. É o caso do osteossarcoma de pequenas células, telangiectásico, justacortical e extraesquelético.
Osteossarcoma de baixo grau
O osteossarcoma de baixo grau apresenta crescimento lento e se assemelha às células ósseas normais. Os principais subtipos são o tumor paraosteal e o tumor intramedular de baixo grau (ou tumor intraósseo bem diferenciado).
Osteossarcoma de grau intermediário
O osteossarcomas de grau intermediário é menos comuns do que o osteossarcoma de alto e baixo grau. O principal subtipo é o osteossarcoma periosteal, que tende a ocorrer em indivíduos jovens, com idades entre 15 e 30 anos.
Quais são as causas e fatores de risco associados?
As causas específicas da maior parte dos casos de osteossarcoma são desconhecidas. Sabe-se, até o momento, que certas alterações no DNA das células ósseas fazem com que se tornem cancerosas.
Em relação aos fatores de risco, sabe-se que ter feito tratamento radioterápico na juventude aumenta a chance de desenvolver a doença. Essa se desenvolve, principalmente, na área posterior à irradiada.
O mesmo ocorre com portadores de certas doenças ósseas não cancerígenas. É o caso da doença de Paget avançada (mais comuns em pessoas acima de 50 anos) e dos osteocondromas múltiplos hereditários (tumores benignos). No mais, outras condições incomuns possivelmente relacionadas são a displasia fibrosa e algumas síndromes genéticas hereditárias de predisposição ao câncer, como a síndrome de Li-Fraumeni.
Quais são os sinais e sintomas da doença?
O sarcoma osteogênico pode causar dor óssea, que piora à noite ou após ter feito atividades físicas. Também costuma provocar inchaço ou, ainda, um nódulo ou uma massa palpável no local.
Outra informação importante é que a pessoa com osteossarcoma se torna mais suscetível à ocorrência de fraturas ósseas. Isso porque, o tecido com o tumor não é tão resistente quanto os ossos normais.
Apesar dessas manifestações serem relativamente comuns na infância e adolescência, se perdurarem, elas não podem ser ignoradas. Nesses casos, deve-se sempre consultar um médico — o que favorece o diagnóstico precoce e, consequentemente, o prognóstico.
Como é o diagnóstico da doença?
Os osteossarcomas costumam ser encontrados graças à investigação dos sinais e sintomas sugestivos para a doença. Para isso, utilizam-se exames de imagens (como raio X, ressonância magnética, tomografia computadorizada,cintilografia óssea ou PET scan).
Pode-se, também, considerar as alterações nos níveis de certas substâncias (como fosfatase alcalina e lactato desidrogenase) mostradas nos exames de sangue. A confirmação do diagnóstico, no entanto, é dada somente por biópsia, feita por agulha grossa (guiada por tomografia) ou cirurgia (ressecção de parte do tumor).
Como é realizado o tratamento?
Uma vez definido o diagnóstico (tipo, localização, tamanho e estadiamento do tumor) e considerando, ainda, o estado de saúde geral do paciente, indica-se a terapêutica. A principal opção de tratamento para o osteossarcoma é, em geral, a cirurgia associada à quimioterapia.
Assim, a primeira etapa é feita com quimioterapia neoadjuvante – ou seja, realizada antes da cirurgia. Isso é necessário porque a maioria dos sarcomas osteogênicos se dissemina por micrometástases (não reveladas nos exames de imagem).
Em seguida, realiza-se a ressecção cirúrgica do tumor e da margem de segurança. O procedimento, sempre que possível, é conservativo, visando o salvamento do membro afetado. Por vezes, pode ser necessária a colocação de uma endoprótese (prótese interna) para substituir o osso removido.
Apenas quando o tumor não pode ser totalmente removido, associa-se a radioterapia, objetivando o controle de sintomas. Trata-se de uma abordagem mais frequente em osteossarcomas dos ossos da face e pélvicos.
Por fim, a última etapa consiste na administração de sessões de quimioterapia adjuvantes. Essa visa a destruição de eventuais células tumorais remanescentes.
Como é o prognóstico da doença?
Dependendo do porte da cirurgia, como em casos de tumores muito grandes ou recorrentes nas extremidades dos membros, é necessário fazer reabilitação, por meio de fisioterapia. O tratamento complementar é essencial para se acostumar com o membro amputado e, quando utilizada, com a prótese.
A boa notícia é que, quando o tumor é completamente removido, o prognóstico costuma ser bastante favorável. Vale lembrar que, quando o tumor é diagnosticado em tempo oportuno e adequadamente tratado, a taxa de sobrevida em cinco anos é superior a 80%. Já quando se encontra disseminado para regiões distantes, o percentual é menor.
Leia também: Afinal, câncer nos ossos tem cura?
Durante esse processo, é essencial contar com um médico experiente, atualizado e altamente especializado na área, que atue em um centro de referência em oncologia. Dessa forma, pode-se ter acesso a cuidados clínicos multidisciplinares, humanizados e de excelência, associados aos mais modernos e promissores tratamentos.
Para concluir, uma vez que a abordagem precoce favorece as chances de cura, caso reconheça os sintomas do osteossarcoma, procure ajuda médica. Nessa hora, conte com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, especializado no diagnóstico e tratamento de dessas neoplasias. A consulta pode ser feita presencialmente (em seu consultório, na capital paulista) ou por telemedicina (por vídeo)!
Para saber mais, agende uma consulta. Se preferir, ligue para nossa central de atendimento (11 2151-0240) ou envie uma mensagem pelo WhatsApp. Dr. Roberto e sua equipe estão à sua disposição!
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