metástase no fígado pode ser provocada por diversos tipos de tumores. Muitas vezes, os responsáveis são tumores gastrointestinais — principalmente, o câncer colorretal, de esôfago, de estômago ou de pâncreas. Além disso, tumores presentes nos pulmões, nos rins, o melanoma, el alguns tipos de sarcomas, entre outros, podem se espalhar para o órgão.

Neste artigo, explicamos o que é essa complicação, quais são os principais sintomas, como são os possíveis tratamentos e se há chances de cura. Para saber mais, continue a leitura!

O que é uma metástase no fígado?

Metástases são tumores que surgem à distância, longe do local de desenvolvimento do tumor primário (inicial).

Estima-se que, em média, entre 20% e 25% dos pacientes com câncer colorretal (geralmente, do tipo adenocarcinoma) apresentem metástases no fígado.

Outro dado interessante é que tumores hepáticos metastáticos são mais frequentes do que tumores hepatocelulares primários. Ou seja, a metástase no fígado é mais comum do que o próprio câncer que se inicia no fígado.

Quais são os principais sintomas do problema?

Entre outros fatores, os sintomas apresentados variam de acordo com o tipo de tumor e grau de comprometimento do fígado. Assim, os mais frequentes são:

  • perda de apetite e/ou sensação de estufamento;
  • cansaço ou fraqueza constantes;
  • coceira;
  • icterícia (amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos);
  • ascite (inchaço abdominal, devido ao acúmulo de líquidos);
  • inchaço nas pernas;
  • alterações na aparência da urina;
  • dor na parte superior direita do abdômen.

Em casos nos quais há diversas metástases afetando o funcionamento do fígado, o paciente pode desenvolver uma condição chamada encefalopatia hepática. Essa, por sua vez, pode provocar sintomas como sonolência e confusão mental.

Quais são os tratamentos para metástases hepáticas?

Como explicado, uma metástase no fígado é um câncer disseminado de outro local. Assim, um tumor colorretal com metástase hepática não é tratado como um câncer de fígado, mas como o tumor original (colorretal).

Dito isso, vamos aos possíveis tratamentos. A escolha da abordagem mais adequada varia conforme:

  • o tipo de câncer primário;
  • a quantidade, o tamanho e a localização dos tumores metastáticos;
  • os sintomas apresentados;
  • a idade e o quadro clínico geral do paciente;
  • os tipos de tratamentos (oncológicos e outros) realizados previamente.

Quando as metástases são poucas, anatomicamente removíveis e não estão afetando de maneira importante a função renal, uma possível abordagem é a ressecção cirúrgica. Essa pode ser realizada por via aberta ou laparoscópica (minimamente invasiva). Ou seja: mesmo tumores metastático para o fígado podem ser retirados por cirurgia, e com chance de cura em vários casos.

Outra possibilidade é a ablação, procedimento que aplica uma corrente de alta energia, com o uso de uma agulha fina, diretamente nas células cancerosas. Além disso, há a radioterapia estereotáxica.

E por falar nela, quando existem diversos tumores, pode-se recorrer à radioterapia, à quimioterapia ou à hormonioterapia. Há, ainda, a embolização (com quimioterapia ou isótopos radioativos),um tipo de procedimento que bloqueia o suprimento de sangue para os tumores. E, mais recentemente, há o emprego da terapia alvo e imunoterapia.

Para concluir, a boa notícia é que a metástase no fígado é passível de cura. Essa, como mostrado, pode ser obtida por meio de terapias locais, sistêmicas ou associações entre elas.

Esperamos que o artigo tenha sido claro. No entanto, se ainda restarem dúvidas, entre em contato para agendar uma consulta!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.