4 tipos de sarcomas de Kaposi
Existem quatro tipos de sarcoma de Kaposi: epidêmico, clássico, endêmico e associado a transplantes de órgãos. Mas, seja qual for sua forma epidemiológica, o importante é que o tratamento inicie logo após o diagnóstico. Ao mesmo tempo, deve-se investir em medidas para “reforçar” o sistema imunológico e se manter saudável.
Quer saber mais a respeito da doença, bem como fazer para superá-la? Então, continue a leitura e confira os principais pontos a respeito!
O que é o sarcoma de Kaposi?
O sarcoma de Kaposi é um tipo de sarcoma que se desenvolve nas paredes dos vasos linfáticos e dos vasos sanguíneos. Ele é provocado pelo herpes vírus 8 (HHV-8) e costuma afetar:
- as mucosas, como a boca;
- a pele;
- os órgãos internos (principalmente, dos sistemas respiratório e digestivo).
O principal fator de risco para a doença é a imunidade baixa. Por isso, pessoas portadoras de doenças autoimunes, infecção pelo HIV, e transplantadas, quando infectadas pelo HHV-8, têm maiores chances de desenvolvê-la.
Quais são os tipos de sarcoma de Kaposi?
Existem quatro tipos de sarcoma de Kaposi, cuja classificação varia conforme sua forma epidemiológica. A seguir, conheça as principais características de cada um.
1. Sarcoma de Kaposi epidêmico
Trata-se do tipo de sarcoma de Kaposi mais frequente, sendo caracterizado pela ocorrência em pessoas que vivem com infecção pelo HIV.
Entre seus sintomas, destacam-se as múltiplas lesões. Essas pode acometer a pele da face e o tronco, podendo surgir tam∫ém nas mucosas, no sistema gastrointestinal e nos linfonodos.
2.Sarcoma de Kaposi clássico
Tumor mais frequente entre homens mais velhos, em especial após os 60 anos. É mais incidente em habitantes ou descendente de nações do leste europeu, países mediterrâneos ou do Oriente Médio. Por isso, suspeita-se que sua ocorrência tenha a ver com uma vulnerabilidade genética ao HHV-8.
Na maioria dos casos, apresenta progressão muito lenta, ao longo de anos. Costuma provocar poucas lesões, geralmente, concentradas nas pernas e pés.
3. Sarcoma de Kaposi endêmico
Nesse caso, a incidência do tumor é mais recorrente em indivíduos jovens (com menos de 40 anos),com particular acometimento da população que vive em nações na África . Caracteriza-se pela rápida progressão, muitas vezes, com o comprometimento de outros órgãos e gânglios linfáticos.
4. Sarcoma de Kaposi associado ao transplante de órgãos
Nesses casos, doença surge por associação entre a infecção pelo HHV-8 e o enfraquecimento do sistema imunológico, por conta de medicamentos necessários após a cirurgia para o transplante de órgão sólido. A queda na imunidade, vale ressaltar, é uma consequência, direta do uso de drogas imunossupressoras, necessárias para aumentar as chances de aceitação ao novo órgão.
Como é feito o diagnóstico desses tumores?
O sarcoma de Kaposi se caracteriza na maior parte dos casos pelas manchas (lesões) amarronzadas, arroxeadas ou avermelhadas, as quais são mais frequentes no rosto e nas pernas e pés. Essas, por sua vez, podem ficar inchadas e dolorosas.
Para diagnosticá-lo, além do exame físico, é preciso coletar uma amostra das lesões e enviá-la para biópsia. Se confirmado, a investigação continua, pois é preciso determinar o estadiamento (estágio) da doença, ou seja, se há lesões internas. Para isso, o médico solicita exames de imagem, tais como o raio-X, a tomografia computadorizada com contraste, a endoscopia ou a broncoscopia.
Outro aspecto importante é a realização do mapeamento das lesões visíveis. Nesse caso, realiza-se um registo fotográfico da pele do paciente, cuja atualização deve ser feita periodicamente, para acompanhar a evolução do caso.
Como é o tratamento da doença?
A estratégia de tratamento é personalizada, definida com base em três fatores:
- o tipo de sarcoma de Kaposi;
- seu estadiamento (estágio e localização dos tumores);
- e as condições de saúde do paciente (como é o uso das drogas imunossupressoras, de medicamentos antirretroviais etc).
Nos tumores em estágios iniciais, com poucas lesões, costuma-se indicar a remoção por meio de:
- cirurgia;
- nitrogênio líquido (crioablação ou crioterapia);
- cauterização (eletrocoagulação);
- laser (terapia fotodinâmica).
Já quando há muitas lesões, é necessária a associação de terapias complementares. Nesses casos, pode-se recomendar algumas sessões de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia.
Caso haja alguma dúvida a respeito, entre em contato. Estamos à disposição para orientá-lo!
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