Tudo sobre sarcoma fibromixoide de baixo grau
O sarcoma fibromixoide de baixo grau (SFBG),também conhecido como tumor de Evans, integra o grupo dos sarcomas de partes moles. Trata-se de uma neoplasia de crescimento lento e, muitas vezes, indolor, que costuma se desenvolver nos tecidos profundos no tronco ou nos membros (pernas ou braços). Entretanto, pode provocar recidivas e metástases (podem se espalhar para outras partes do corpo).
Neste artigo, produzido sob a revisão do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo, SP, falamos a respeito. Continue a leitura e saiba mais sobre essa neoplasia pouco comum e difícil de diagnosticar.
O que é o sarcoma fibromixoide de baixo grau?
Como mencionado, o sarcoma fibromixoide de baixo grau é um tumor maligno que faz parte do grupo dos sarcomas de partes moles, representando menos de 5% desses.
O mais importante a respeito do sarcoma fibromixoide de baixo grau é que se trata de um câncer com natureza indolente, mas potencialmente recorrente e metastatizante (principalmente, para os pulmões). As referidas recidivas e metástases ocorrem, particularmente, a longo prazo, podendo surgir após anos ou até mesmo décadas.
Como é a incidência da doença?
Geralmente, o sarcoma fibromixoide de baixo grau ocorre em adultos jovens, de ambos os sexos. Suas causas, no entanto, ainda não são conhecidas.
A neoplasia tende a se desenvolver no tronco e nas partes das pernas e braços mais próximas a ele. Outras localizações anatômicas que se têm registros, ainda que bem menos recorrentes, são a cabeça, o pescoço, o coração, os rins e as extremidades dos membros (dedos das mãos e dos pés).
Como é feito o diagnóstico do sarcoma fibromixoide de baixo grau?
O diagnóstico do sarcoma fibromixoide de baixo grau é considerado bastante desafiador, pois seu padrão morfológico e perfil imuno-histoquímico são poucos específicos. Quando localizado em locais menos usuais, como na parede torácica, por exemplo, sua identificação se torna ainda mais difícil.
Para entender a dificuldade no diagnóstico dos sarcomas, leia: Dr. Roberto Pestana no UOL
Dessa maneira, o processo diagnóstico exige a correlação dos achados clínicos com os achados de exames de imagem e os achados citológicos. Para a obtenção dos últimos, realiza-se uma biópsia aspirativa (por agulha fina ou por agulha grossa),geralmente, pré-excisão cirúrgica.
Somente após os estudos laboratoriais do material coletado, pode-se confirmar a doença e estabelecer seu estadiamento. Mas, como se trata de um processo complexo, o ideal é que seja conduzido por um médico patologista especializado em tecidos moles.
Como é realizado o tratamento do sarcoma fibromixoide de baixo grau?
O tratamento do sarcoma fibromixoide de baixo grau consiste na cirurgia para remoção completa do tumor e das margens de segurança. Por vezes, o procedimento precisa ser associado à radioterapia pré ou pós-operatória. A quimioterapia, por outro lado, não costuma ser utilizada para esse tipo de neoplasia.
Para aumentar as chances de sucesso, a cirurgia deve ser realizada em centros de especialistas em oncologia que sejam referência na área, por cirurgiões oncologistas especialistas em sarcomas. Quando o sarcoma fibromixoide de baixo grau é pequeno, a chance de o tratamento cirúrgico ser bem-sucedido é maior.
Para se aprofundar no assunto, veja: O papel da cirurgia de sarcoma no tratamento da doença
O acompanhamento multidisciplinar pode ser útil?
Com certeza! O tratamento oncológico deve ser, sempre que possível, personalizado e multidisciplinar. A primeira condição diz respeito ao emprego das melhores terapêuticas para cada paciente, tornando-o mais eficiente e com menos efeitos colaterais.
Já a segunda se refere aos cuidados em diversas esferas, indo além do câncer em si, buscando o bem-estar físico e emocional. Para isso, pode ser necessário incluir o acompanhamento de mais especialistas, como fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros.
Leia também: A importância de cuidar da saúde mental durante o tratamento do câncer
Assim, se diagnosticado e tratado precoce e adequadamente, o prognóstico do sarcoma fibromixoide de baixo grau costuma ser bom. No entanto, devido à sua capacidade de recidivas locais tardias e metástases à distância, o seguimento clínico longo e minucioso se faz indispensável.
Em caso de dúvida, entre em contato e converse com a equipe do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico especialista em sarcomas. Se desejar fazer uma avaliação individualizada, agende uma consulta — presencial, na capital paulista, ou por telemedicina. Estamos à sua disposição!
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