Qual a diferença entre câncer e adenocarcinoma?
A oncologia tem nomenclaturas específicas e, por vezes, complicadas. Muitos se perguntam, por exemplo, sobre a diferença entre câncer e adenocarcinoma. Basicamente, o primeiro é um termo genérico referente a um grupo de mais de 200 doenças. Já o segundo é uma categoria de câncer que se forma em estruturas glandulares.
Achou confuso? Calma! Neste artigo, detalhamos os principais aspectos sobre os adenocarcinomas. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
Quais são os tipos de câncer?
O tipo de câncer (também chamado neoplasia) varia conforme a origem embrionária do tecido do tumor— ou seja, as células onde a multiplicação descontrolada começou. Dessa forma, existem cinco subgrupos da doença:
- carcinomas, tumores malignos que se desenvolvem nas células do tecido epitelial (presente na pele e no revestimento dos órgãos internos);
- sarcomas, tumores malignos considerados raros, que se desenvolvem a partir de células dos ossos, cartilagens, gordura, músculos, vasos sanguíneos ou de outros tecidos conjuntivos ou de suporte;
- leucemias, tumores malignos que se desenvolvem na medula óssea, responsável pela produção de sangue;
- linfomas, tumores malignos que começam em linfonodos (gânglios);
- cânceres do sistema nervoso central, tumores malignos que se desenvolvem nos tecidos do cérebro e da medula espinhal.
Vale destacar que, apesar de assustar muitas pessoas, o câncer é uma doença comum. Estima-se que a metade dos homens e um terço das mulheres irão desenvolver alguma neoplasia ao longo da vida.
Felizmente, a medicina avança a passos largos. Hoje em dia, é cada vez mais fácil identificar os tumores em estágios iniciais, quando os tratamentos são menos agressivos e as chances de cura são altas.
Qual é a diferença entre câncer e adenocarcinoma?
Agora, vamos à pergunta que muitos se fazem: qual é a diferença entre câncer e adenocarcinoma? Como explicado, câncer é um termo genérico que engloba todos os tumores malignos.
Já adenocarcinoma é uma categoria de tumor maligno pertencente aos carcinomas. Ele se desenvolve nas células de tecidos epiteliais que contêm glândulas, estruturas responsáveis por secretar substâncias no organismo ou as excretar para fora dele.
Quais são os adenocarcinomas mais comuns?
Os adenocarcinomas respondem pela maioria dos casos de cânceres gastrointestinais. Os mais frequentes são:
- adenocarcinoma de cólon, responsável por boa parte dos casos de câncer de intestino.
- adenocarcinoma gástrico, responsável pela maior parte dos casos de câncer de estômago;
- adenocarcinoma de pâncreas, responsável pela maioria dos casos de câncer de pâncreas;
Além desses, os adenocarcinomas costumam ser prevalentes em outras partes do corpo. É o caso, por exemplo, dos cânceres de pulmão e da próstata.
Como é o diagnóstico?
O caminho até o diagnóstico de um adenocarcinoma varia de acordo com o local onde o tumor se originou. Em geral, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética ajudam na detecção da doença. Além das varreduras por imagem, os exames de sangue também revelam alterações nos níveis de determinadas substâncias que podem sugerir sua presença.
Mas, independentemente da localização do tumor e de quão característicos sejam os achados revelados, deve-se realizar uma biópsia para:
- descartar ou confirmar a suspeita da doença;
- verificar se ela se originou no local ou se é uma metástase;
- definir seu estadiamento (estágio).
Como é o tratamento?
A maioria dos adenocarcinomas diagnosticados em estágios iniciais é tratada com cirurgia. Geralmente, o procedimento visa a remoção completa do tumor, das margens adjacentes e dos gânglios linfáticos (linfonodos circundantes),para prevenir o risco de propagação.
Outras terapêuticas bastante empregadas são a radioterapia, a quimioterapia, a terapia alvo e a imunoterapia. Na maioria das vezes, elas são realizadas em associação à cirurgia.
Como é o prognóstico dos adenocarcinomas?
O prognóstico desse tipo de neoplasia varia conforme o local do tumor, tamanho e estágio no momento do diagnóstico. Além disso, é preciso considerar os fatores de risco individuais, como idade e condições clínicas gerais de cada paciente.
Fato é que, sem o devido tratamento, os adenocarcinomas tendem a espalhar, formando metástases. Devido a essa complexidade, pacientes oncológicos que se tratam com um especialista no seu tipo de neoplasia, em centros de referência, apresentam melhores resultados.
Para concluir, esperamos que a diferença entre câncer e adenocarcinoma tenha ficado clara. Quando se trata de neoplasias, lembre-se que, quanto mais precoce o diagnóstico e maior a expertise do oncologista, maiores as chances de um desfecho positivo!
Em caso de adenocarcinomas do intestino, estômago, esôfago, pâncreas, ou fígado, Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, pode ajudar. Para mais informações, agende uma consulta presencial (na capital paulista) ou virtual (por telemedicina)!
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