sarcoma ósseo, ao lado do sarcoma de partes moles e do tumor estromal gastrointestinal (GIST), é um dos três grandes subgrupos dos sarcomas. Ele, por sua vez, reúne diferentes neoplasias, como condrossarcoma, osteossarcoma, tumor de Ewing, sarcoma pleomórfico indiferenciado, fibrossarcoma, tumor ósseo de células gigantes e cordoma.

Neste artigo, explicamos os principais aspectos a respeito desse grupo que representa o câncer primário mais frequente nos ossos. Se o assunto é do seu interesse, continue a leitura!

O que é sarcoma ósseo?

sarcoma ósseo é um câncer que começa nos ossos, cuja taxa de incidência não chega a 1% das neoplasias. Geralmente, surge nos ossos ou cartilagens das pernas ou braços, mas pode ocorrer na pelve, crânio, coluna, maxilares, traqueia, laringe, tórax e outros locais.

Entre seus subtipos, o mais frequente em adultos é o  condrossarcoma. Já em crianças e adolescentes, os mais frequentes são o tumor de Ewing e o osteossarcoma. Entretanto, é importante frisar que qualquer um desses tumores pode ocorrer em qualquer idade.

Para saber mais sobre cada subtipo de sarcoma ósseo, leia este artigo: Câncer nos ossos: confira os 7 tipos mais comuns

Quais são os sintomas da doença?

As manifestações dos tumores costumam aparecer em estágios mais avançados. Mas, por serem comuns a outras condições, como artrite ou, até mesmo, lesões, deve-se consultar um especialista (ortopedista ou oncologista) antes de pressupor que está com a doença.

Dito isso, os sintomas mais comuns do sarcoma ósseo são:

  • dor no osso afetado;
  • inchaço, semelhante a uma massa, ou nódulo palpável;
  • fraturas, em casos raros.

Outros sintomas, considerados menos frequentes, são:

  • dormência ou formigamento, quando o tumor pressiona algum nervo;
  • perda de peso sem razão aparente;
  • sensação de fadiga constante;
  • dificuldade para respirar, quando provoca metástase pulmonar.

Quais são as causas associadas ao seu surgimento?

As causas do sarcoma ósseo são desconhecidas na maior parte dos asos. Sabe-se, apenas, que em alguns casos sua ocorrência está relacionada a certos fatores de risco, tais como:

  • determinadas alterações hereditárias no DNA;
  • histórico pessoal de tumores ósseos benignos;
  • ter realizado radioterapia na região para tratar outro câncer;
  • presença de síndrome de exostoses múltiplas;
  • presença de doença de Paget; entre outros.

Como é feito o diagnóstico?

A suspeita de sarcoma ósseo se baseia na investigação de sinais ou sintomas sugestivos. Outra possibilidade são as investigações de achados revelados em exames físicos, de sangue e/ou de imagem (raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada, PET scan ou cintilografia óssea).

Para confirmar o diagnóstico da doença, entretanto, é preciso realizar uma biópsia. Essa pode ser realizada através das seguintes técnicas:

  • biópsia de fragmento com agulha (BFA) ou core biopsy, na qual a amostra de tecido para análise é extraída com agulha grossa;
  • biópsia cirúrgica, a qual pode ser incisional, quando apenas uma parte do tumor é removida, ou por meio de excisão ampla, quando a remoção é completa, incluindo as margens de segurança, sendo ambas realizadas sob anestesia geral.

A biópsia e toda investigação devem ser realizadas por uma equipe experiente no manejo de pacientes com tumores ósseos.

Quais são os possíveis tratamentos?

Os tratamentos variam conforme o tipo de tumor, o estágio e a localização. Além disso, para defini-los, o oncologista considera, ainda, as condições clínicas gerais e as preferências do paciente.

Sendo assim, os tratamentos mais comuns para sarcomas ósseos são cirurgia, radioterapia, quimioterapiaterapia-alvo e imunoterapia. Muitas vezes, pode-se associar duas ou mais terapêuticas, de preferência, seguindo as diretrizes da oncologia de precisão. Nesse tipo de abordagem, consideram-se as informações genéticas das células tumorais para definir a estratégia de tratamento mais efetiva e, ao mesmo tempo, com menos efeitos colaterais.

Ao término, realiza-se o acompanhamento regular, com o oncologista responsável, por alguns anos. Além disso, dependendo do tratamento adotado, é preciso passar por um programa de reabilitação.

Em relação ao prognóstico, quanto mais cedo o sarcoma ósseo for diagnosticado e adequadamente tratado, maiores as chances de cura. Por isso, em caso de suspeita não perca tempo e procure um médico especialista em sarcomas. Afinal, trata-se de uma neoplasia complexa, cujo prognóstico favorável exige um alto grau de conhecimento e especialização.

Se desejar, agende uma consulta (presencial ou por telemedicina) com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Basta preencher o formulário no site, ligar para a central (11 2151-0240) ou enviar uma mensagem pelo WhatsApp. Estamos à sua disposição!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.