Como é feito o tratamento do tumor estromal gastrointestinal (GIST)
O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é um tipo de sarcoma que se origina, geralmente, no estômago ou no intestino delgado. O tratamento é baseado no estadiamento do tumor (tipo, localização, tamanho e severidade) e no estado de saúde geral do paciente. Muitas vezes, opta-se pela cirurgia associada à terapia alvo.
Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, localizado na capital paulista, explicamos como é o tratamento em diferenres estágios do GIST. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
Como tratar o tumor estromal gastrointestinal?
O tratamento padrão do tumor estromal gastrointestinal quando localizado consiste na remoção cirúrgica do tumor e das chamadas margens de segurança (bordas de tecidos saudáveis). Além disso, a associação a terapêuticas complementares, principalmente, a terapia alvo com imatinibe, é bastante frequente e tem como objetivo potencializar os resultados da cirurgia. Dessa maneira, as chances de cura, após um longo período de acompanhamento, aumentam consideravelmente.
Vale destacar que o emprego de medicamentos direcionados (imatinibe ou outros),seja como tratamento adjuvante (pós-cirúrgico) ou neoadjuvante (pré-cirúrgico),traz importantes benefícios para casos de GIST metastáticos e irressecáveis. Isso porque, são capazes de “estacionar” a doença por vários anos.
Por que a personalização do tratamento é importante?
A medicina personalizada é uma abordagem essencial no combate aos sarcomas, incluindo o tumor estromal gastrointestinal. Para isso, considera-se os resultados de testes imuno-histoquímicos e testes genéticos moleculares.
Desse modo, pode-se definir o melhor tratamento para cada paciente. Isso inclui, avaliar os benefícios de cada opção terapêutica e os possíveis efeitos colaterais, bem como riscos associados.
O GIST sempre deve ser tratado?
Nem todo tumor estromal gastrointestinal precisa ser, imediatamente, tratado. Na verdade, a remoção de GIST menores que 2 cm é um assunto controverso, ainda sem consenso científico.
Nesses casos, deve-se avaliar, por meio de endoscopia, se existem indicativos de alto risco. Na ausência de achados preocupantes, para tumores pequenos, que não crescem nem provocam sintomas, recomenda-se apenas o acompanhamento com exames de imagem.
Então, como são os tratamentos para diferentes estágios?
A maioria dos GIST (mesmo pequenos) precisa ser ressecada. Isso inclui a remoção das margens de segurança, mas, geralmente, não há necessidade de retirada dos linfonodos próximos. Muitas vezes, esse tipo de procedimento é feito por laparoscopia (técnica cirúrgica minimamente invasiva).
Após a cirurgia, tumores que não apresentam crescimento acelerado nem têm elevado risco de recidiva não necessitam de tratamentos complementares. Caso haja risco intermediário de recidiva, recomenda-se o tratamento adjuvante com terapia alvo por pelo menos três anos.
Já para tumores maiores, mas localizados e com margens ressecáveis, ou para tumores menores, mas em áreas de difícil acesso, impossibilitando a remoção completa, indica-se o tratamento neoadjuvante – ous eja, antes da cirurgia. Esse deve ser mantido até o tumor diminuir o suficiente para ser removido cirurgicamente com menos agressividade. Uma vez operado, por laparoscopia ou cirurgia aberta, é necessário realizar a terapia alvo adjuvante, para diminuir a chance de recidiva.
No caso de tumores avançados, irressecáveis ou com metástases, a terapia alvo costuma ser a abordagem inicial, buscando estacionar a doença. Se o medicamento direcionado parar de ter efeito ou se os efeitos colaterais se tornarem intoleráveis, pode-se trocá-lo. O importante é buscar a alternativa que ofereça a melhor eficácia e possibilite a melhor qualidade de vida.
Já se a terapia alvo for capaz de reduzir o tumor, pode-se avaliar a possibilidade de operá-lo. Nesses casos, a terapia alvo neoadjuvante costuma ser recomendada.
Que especialista pode conduzir o tratamento?
Segundo a American Cancer Society, o tratamento o tumor estromal gastrointestinal é complexo e desafiador. Portanto, deve ser interdisciplinar e conduzido por um oncologista especialista em sarcomas, se possível, que atue em um centro de referência na área.
Por isso, se você ou algum familiar estiver à procura de um oncologista especializado em tumor estromal gastrointestinal, conte com o Dr. Roberto Pestana. No Hospital Israelita Albert Einstein, pode-se ter acesso aos tratamentos oncológicos mais avançados e, ao mesmo tempo, receber cuidados multidisciplinares que fazem toda a diferença.
Para agendar sua consulta (presencial ou por telemedicina) e fazer uma avaliação individualizada, preencha o formulário no site. Se preferir, marque-a pelo telefone (11 2151–0556) ou pelo WhatsApp (11 99150-9179).
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