Como é feita uma biópsia em casos de cânceres gastrointestinais?
A biópsia permite determinar se uma lesão é ou não cancerosa. Além disso, pode ajudar a avaliar o tipo e o estágio do tumor. Dessa forma, é essencial na definição da estratégia terapêutica mais adequada para cada paciente.
Você sabe como é feita uma biópsia em casos de câncer gastrointestinal? Neste artigo, explicamos os principais pontos sobre o procedimento. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
O que é e para que serve uma biópsia?
A biópsia é um procedimento realizado em ambiente hospitalar ou ambulatorial, para subsequente análise patológica (exame anatomopatológico),realizada pelo médico patologista. Existem diversos tipos de biópsias, sendo as mais comuns:
- biópsia por agulha, na qual se extrai uma amostra de tecido ou de fluido com uma agulha — podendo ser uma core biopsy (com agulha larga) ou uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF);
- biópsia endoscópica, feita por endoscopia digestiva alta ou colonoscopia;
- biópsia incisional, na qual se retira apenas uma amostra de tecido;
- biópsia excisional, na qual se remove todo o tumor ou área suspeita.
O resultado irá revelar se a lesão suspeita é, de fato, um câncer ou um nódulo benigno, por exemplo. Assim, o oncologista recomenda a realização de uma biópsia sempre que suspeitar a presença de câncer. Isso porque, apesar de muitos exames sugerirem a presença da doença, apenas a biópsia pode atestar se há células cancerosas.
Como é feita uma biópsia em casos de câncer gastrointestinal?
O câncer gastrointestinal é um tumor maligno que se desenvolve nos órgãos do sistema digestivo. Os tipos mais frequentes são o câncer de esôfago, de estômago, de fígado, de pâncreas, de intestino e colorretal.
Para a investigação de tumores gastrointestinais, utiliza-se bastante a biópsia endoscópica. O endoscópio é um tubo fino, flexível, iluminado e com uma câmera na ponta, que permite a retirada de amostras de tecidos para análise. Para o trato digestivo superior, realiza-se a endoscopia digestiva alta; já para o trato digestivo inferior, realiza-se a colonoscopia.
Uma vez retiradas, as amostras precisam ser preparadas para seguir para a análise laboratorial. O processamento de rotina consiste em colocar o tecido extraído em um recipiente com formalina ou outra substância adequada para sua conservação.
Ao chegar aos cuidados do patologista, o especialista irá observar:
- o tamanho e o formato das células e de seus núcleos;
- a disposição das células;
- o tipo de tumor e, se maligno, seu estágio (grau de agressividade).
Qual é a diferença entre um resultado maligno e benigno?
O laudo médico costuma levar de um a dois dias para ficar pronto. Em certos casos, no entanto, o resultado do exame anatomopatológico pode demorar um pouco mais do que o esperado. Isso acontece porque determinadas amostras exigem um tempo maior de processamento.
Além disso, outra razão que pode levar ao atraso na liberação do laudo é a necessidade de uma segunda opinião. Afinal, embora alguns tumores tenham características bastante claras, outros são difíceis de reconhecer.
Assim, uma vez concluído, o laudo deve conter os seguintes dados:
- identificação e informações clínicas do paciente (fornecidas pelo médico que coletou a amostra);
- descrição macroscópica (como dimensão e consistência da amostra);
- descrição microscópica (achados observados no microscópico);
- diagnóstico (o qual pode ser maligno ou benigno).
Uma lesão benigna significa que não se trata de câncer. Já uma lesão maligna confirma o câncer. Nesses casos, o laudo especificará seu tipo, estadiamento e outras informações relevantes.
Seja como for, é muito importante que o paciente revise o documento junto ao seu médico. Isso porque, o uso de termos específicos pode dificultar a compreensão.
Esperamos que o conteúdo tenha ajudado a entender como é feita uma biópsia em casos de cânceres gastrointestinais. Como mostrado, trata-se de uma etapa essencial, tanto para a definição do diagnóstico como do tratamento.
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