Câncer nos ossos: confira os 7 tipos mais comuns
Existem diversos tipos de câncer que começa nos ossos, sendo, a maioria, sarcomas — tumores raros e malignos. Somados, eles representam menos de 1% de todas as neoplasias. Segundo a American Cancer Society, o mais frequente em adultos é o condrossarcoma; em crianças e adolescentes, são o osteossarcoma e os tumores de Ewing.
Neste artigo, vamos considerar apenas os tumores ósseos primários, excluindo os tumores ósseos metastáticos (os quais se originam em outros órgãos ou tecidos). Para saber mais a respeito, continue a leitura!
O que é câncer nos ossos?
Considera-se como câncer nos ossos a neoplasia que surge nos ossos. Assim, ela difere dos cânceres ósseos cujo desenvolvimento se deu em outros tecidos e órgãos.
Quais são os tipos mais comuns?
As nomenclaturas para o câncer nos ossos variam conforme o osso ou o tecido adjacente afetado, bem como o tipo de células que compõe o tumor. A seguir, conheça os mais comuns.
1. Condrossarcoma
O condrossarcoma se desenvolve a partir das células que compõe as cartilagens. Geralmente, ocorre na região da pelve, das pernas ou dos braços. Mas, também pode surgir no crânio, na traqueia, na laringe, na escápula ou na parede torácica. Existem três subtipos principais:
- Condrossarcoma convencional
- Condrossarcoma mesenquimais, variante que tende a crescer de forma mais rápida e com tendência a recidivar, sendo mais recorrente em adultos jovens;
- Condrossarcoma desdiferenciados
2. Osteossarcoma
O osteossarcoma (também chamado sarcoma osteogênico) é mais frequente no sexo masculino, na faixa etária de 10 a 30 anos. Na maior parte dos casos, surge nos ossos da pelve, nas pernas ou nos braços.
3. Tumor de Ewing
O tumor de Ewing é mais comum entre crianças, adolescentes e adultos jovens, até 30 anos. Os locais mais recorrentes para o seu desenvolvimento são os ossos da pelve, das pernas e dos braços.
4. Sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau
O sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau (antigamente, chamado de histiocitoma fibroso maligno) é mais comum no tecido conjuntivo, considerado raro nos ossos. Quando se desenvolve a partir deles, ocorre nos braços ou nas pernas, acometendo, principalmente, adultos e idosos.
Em geral, esse tipo de tumor fica restrito à localização de origem. Porém, em alguns casos, pode se disseminar para áreas distantes, como os pulmões.
5. Fibrossarcoma
O fibrossarcoma é mais comum nos tecidos moles, também sendo considerado bastante raro nos ossos. Quando isso ocorre, geralmente, acomete as pernas, os braços ou os maxilares de adultos e idosos.
6. Tumor ósseo de células gigantes
O tumor ósseo de células gigantes costuma ocorrer nas pernas ou nos braços, sendo mais recorrentes em adultos. Apesar de não ter tendência a provocar metástases, muitas vezes, recidiva localmente após o tratamento.
7. Cordoma
O cordoma tende a se desenvolver na base do crânio ou na coluna vertebral, sendo mais frequente em indivíduos do sexo masculino, com mais de 30 anos. Caracteriza-se pelo crescimento lento e pode recidivar localmente.
Por outro lado, não costuma se disseminar à distância. Quando isso ocorre, as áreas mais afetadas são os linfonodos, os pulmões e o fígado.
Como é o diagnóstico e o tratamento da doença?
O diagnóstico dos tumores ósseos primários é feito pelo oncologista, por meio da análise dos possíveis sintomas, exame físico e diversos exames laboratoriais complementares. Para confirmá-lo, necessita-se da realização de uma biópsia.
A estratégia terapêutica é definida após a determinação do tipo e do estadiamento da doença. Os tratamentos mais comuns são:
- cirurgia;
- radioterapia;
- quimioterapia;
- imunoterapia;
- terapia alvo.
Ao término do tratamento, necessita-se fazer o acompanhamento médico regular por alguns anos. Ao mesmo tempo, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável.
Para concluir, o prognóstico de câncer nos ossos depende de diversos fatores, como seu tipo, localização e se estava, ou não, disseminado. Além disso, a idade e o estado de saúde geral do paciente também precisam ser considerados. De qualquer forma, se identificado em estágio inicial e for adequadamente tratado, as chances de cura aumentam consideravelmente.
Caso ainda tenha alguma dúvida a respeito, entre em contato. Nosso oncologista, Dr. Roberto Pestana, é especialista em sarcomas e, certamente, poderá ajudá-lo!
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