Sarcoma do estroma endometrial: causas, sintomas e tratamentos

Sarcoma do estroma endometrial: causas, sintomas e tratamentos

sarcoma do estroma endometrial é um subtipo de sarcoma uterino, com prevalência em mulheres com idades entre 45 e 55 anos. Trata-se de um câncer bastante raro, que se desenvolve nas células do tecido conjuntivo de suporte (chamado estroma),presente no revestimento do útero — o endométrio.

Neste artigo, mostramos os principais aspectos a respeito dessa neoplasia. Continue a leitura, esclareça suas dúvidas e descubra onde tratá-la!

Como o sarcoma do estroma endometrial é classificado?

Esse tipo de tumor é classificado conforme a velocidade de crescimento e a capacidade de disseminação. Dessa forma, o sarcoma estromal endometrial pode ser:

  • de baixo grau, o qual tem crescimento lento, bem como bom prognóstico, pois costuma ser diagnosticado em estágios iniciais;
  • de alto grau, o qual tem crescimento rápido e, muitas vezes, pode ter pior prognóstico, pois é mais agressivo e tende a ser diagnosticado em estágios avançados.

Quais são as causas e fatores de risco da doença?

Na maioria das vezes, o sarcoma estromal do endométrio se desenvolve devido a mutações no DNA. Por exemplo:

  • tumores de baixo grau são, frequentemente, relacionados ao gene anormal Jazf 1 – Suz12;
  • tumores de alto grau são, comumente, ligados ao gene anormal ywwae – nutm.

Além disso, sabe-se que alguns fatores de risco aumentam a chance de desenvolver a doença. É o caso de mulheres que:

  • realizaram radioterapia pélvica prévia para tratar, por exemplo, um câncer cervical ou retal;
  • tiverem retinoblastoma congênito (um tipo de câncer ocular hereditário) na infância;

Como são os sintomas?

O sarcoma do estroma endometrial nem sempre provoca sintomas. Quando presentes, as manifestações mais comuns são:

  • sangramento uterino atípico (fora da menstruação ou após a menopausa);
  • dor pélvica e/ou dor ao urinar;
  • presença de massas pélvicas crescentes.

Vale destacar que, muitas vezes, esses sintomas se sobrepõem a condições não cancerígenas. É o caso de miomas, pólipos endometriais e adenomiose.

Como é o tratamento?

O tratamento do sarcoma do estroma endometrial depende do grau do tumor. Além disso, para defini-los, os médicos também levam em conta a idade da paciente e se há o desejo de engravidar futuramente.

Considerando esses aspectos, as possibilidades terapêuticas variam conforme o estágio em que a doença foi diagnosticada. Confira a seguir.

Tratamento para tumores nos estágios I e II

Para tumores diagnosticados nos estágios I e II, indica-se a remoção cirúrgica (histerectomia e salpingo-ooforectomia bilateral). Já os linfonodos pélvicos, se tiverem aparência anormal, devem ser removidos.

Após o tratamento, algumas pacientes precisam apenas fazer apenas o acompanhamento periódico. Outras têm que realizar terapêuticas complementares, tais como radioterapia e/ou hormonioterapia, para diminuir o risco de recidivas.

No entanto, muitas mulheres com sarcoma do estroma endometrial em estágios iniciais não apresentam condições clínicas adequadas para serem operadas, devido a outros problemas de saúde. Nesses casos, o tratamento é feito com radioterapia e/ou hormonioterapia.

Tratamento para tumores no estágio IIII

Para tumores em estágio III, indica-se a cirurgia para retirada do útero, trompas de Falópio, ovários e linfonodos. Caso o tumor tenha se disseminado para a região da vagina, ela também precisará ser removida (parcial ou completamente).

Após o procedimento, geralmente, é preciso realizar o tratamento com radioterapia e/ou hormonioterapia. Se a abordagem complementar não for efetiva, e para tumores de alto grau, considera-se a realização de quimioterapia ou de outras terapêuticas.

No caso de pacientes com tumores em estágio III, mas que não apresentam condições clínicas adequadas à realização da cirurgia, indica-se o tratamento com radioterapia, hormonioterapia e/ou quimioterapia. Essas podem ser feitas de forma isolada ou associadas.

Tratamento para tumores no estágio IV

No caso de pacientes com tumores em estágio IVA (disseminados para órgãos e tecidos próximos, como bexiga ou reto),indica-se a remoção cirúrgica completa. Se o procedimento não for possível, pode-se administrar sessões de radioterapia isolada ou combinadas à quimioterapia. Outra possibilidade terapêutica é a abordagem com hormonioterapia.

Por fim, para pacientes com tumores no estágio IVB (disseminados para além da pelve, com metástases, geralmente, nos pulmões, fígado e/ou ossos),a cirurgia não é uma opção. Nesses casos, pode-se tratar a doença com hormonioterapia, quimioterapia, radioterapiaimunoterapia e/ou terapia alvo.

Quais são as chances de cura?

As chances de cura do sarcoma do estroma endometrial são maiores quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada. Isso vale tanto para tumores de baixo como de alto grau. Sendo assim, em caso de suspeita ou diagnóstico da doença, procure sempre um especialista na área!

Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP. Para facilitar, você pode realizá-la pessoalmente, no consultório médico, ou remotamente, por telemedicina!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.