Neoplasias benignas são tumores não cancerígenos, como condromas, fibromas, hemangiomas, lipomas, leiomiomas, miomas, papilomas, pólipos (adenomas),entre outros. Seus sintomas variam conforme a localização e tamanho, podendo provocar dores, deformações e até o comprometimento de órgãos, nervos e outras estruturas próximas. Por outro lado, não têm capacidade de se espalhar.

Neste artigo, revisado pelo Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, falamos mais a respeito. Para esclarecer suas dúvidas e entender se neoplasias benignas podem, ou não, ser perigosas, continue a leitura!

O que são as chamadas neoplasias benignas?

O termo “neoplasia” significa, basicamente, crescimento anormal de células. Como explicado, as neoplasias benignas são tumores (ou massas) com características distintas de um câncer, uma vez que apresentam crescimento lento, organizado e não invadem outros tecidos.

Tipos

Existem diversos tipos de neoplasias benignas. Os mais comuns são:

  • hemangiomas, que ocorrem a partir de alterações nas células dos vasos sanguíneos;
  • lipomas, que se originam em tecidos gordurosos;
  • miomas, que se desenvolvem no tecido muscular liso da parede uterina;
  • neurofibromas, que se desenvolvem nos nervos periféricos;
  • adenomas, que surgem em glândulas por todo o organismo; entre outros.

Causas

Em relação às causas, existem diversas possibilidades. Geralmente, as neoplasias benignas são herdadas geneticamente ou decorrentes de fatores ambientais, como exposição prolongada à radiação ou a determinados agentes químicos.

Sintomas

Muitas vezes, as neoplasias benignas são assintomáticas. Quando sintomáticas, além da presença de massas ou nódulos anormais, bem como dor e/ou desconforto persistente(s), os sintomas associados variam conforme a localização e o tamanho do tumor. Por exemplo:

  • em caso de um tumor uterino, o principal indício é o sangramento vaginal anormal;
  • quando presente no estômago ou no intestino, costuma levar à perda do apetite;
  • se o tumor estiver instalado no cérebro, pode provocar convulsões.

Como é o diagnóstico desses tumores?

O processo de diagnóstico desses tumores é obtido após a avaliação médica detalhada. Geralmente, a suspeita surge devido a apresentação de sintomas ou por “acaso”, em meio a uma investigação com outra motivação.

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Para diagnosticá-lo, especialista considera suas características, incluindo a presença de bordas distintas, lisas e regulares, assim como crescimento lento. Além disso, realiza exames físicos e solicita exames laboratoriais e de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética),para determinar sua localização.

Mas, para confirmar a hipótese de benignidade, bem como determinar o tipo histológico (classificação das células que compõem o tumor),é preciso fazer uma biópsia. Isso costuma ser feito após a cirurgia para remoção do tumor.

Como é realizado o respectivo tratamento?

Muitas vezes, as neoplasias benignas não provocam maiores problemas, exigindo apenas o acompanhamento periódico (vigilância ativa). Esse cuidado permite observar se ocorreu algum aumento em suas dimensões, bem como monitorar o impacto em órgãos e outras estruturas próximas.

No entanto, o tratamento padrão, sempre que viável, é a ressecção cirúrgica do tumor (cirurgia para removê-lo completamente),sem necessidade de terapêuticas adicionais. Essa abordagem visa reduzir o risco de complicações relacionadas ao seu crescimento. Vale destacar que, diferentemente de muitas neoplasias malignas, uma vez retirado, o tumor benigno não volta a aparecer.

Quando a ocorrência gera preocupação?

Apesar de não serem cancerígenas, as neoplasias benignas podem crescer e pressionar órgãos e/ou outras estruturas vizinhas. Com isso, existe o risco de causarem complicações, principalmente, como quando estão em determinadas regiões do cérebro, coração ou mesmo comprimindo as vias aéreas. A boa notícia é que, na maioria dos casos, os tumores benignos podem ser totalmente removidos e os pacientes ficam curados.

Ainda existem, entretanto, as neoplasias pré-malignas, ou seja, tumores benignos com potencial de evoluir para câncer. É o caso, por exemplo, dos pólipos no cólon (intestino) e de certos tumores de pele. Nesses quadros, por conta do risco oferecido, a orientação é retirá-los imediatamente.

Dessa forma, o mais importante quando se detecta a presença de neoplasias benignas, ou não, é consultar um oncologista. Afinal, ninguém mais bem preparado do que esse especialista para determinar diagnósticos precisos e sugerir os tratamentos mais efetivos. Lembrando que, quando se trata de saúde, o tempo é um fator precioso: por isso, não demore para buscar ajuda!

Se precisar, marque uma consulta com o Dr. Roberto. Para facilitar, ele atende tanto presencialmente, em seu consultório na capital paulista, como remotamente, por telemedicina (chamada de vídeo)!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em sarcomas e tumores gastrointestinais. Com doutorado em Medicina de Precisão pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e fellowship no MD Anderson Cancer Center, é reconhecido pela atuação em pesquisas clínicas e tratamentos inovadores, sempre com foco no cuidado integral e humanizado.