
Fibrossarcoma infantil: do diagnóstico ao tratamento
O fibrossarcoma infantil é o sarcoma de partes moles considerado mais frequente em crianças com menos de um ano. Em 30% a 50% dos casos, está presente ao nascimento. Trata-se de um tumor maligno de crescimento rápido, mas que, comparado à forma adulta da neoplasia, tem melhor prognóstico.
Neste artigo, escrito sob revisão do Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, explicamos mais detalhes a respeito. Para saber mais, continue a leitura!
Quais são as causas do fibrossarcoma infantil?
Assim como nos demais sarcomas de partes moles, as causas do fibrossarcoma infantil (também chamado de fibrossarcoma congênito) ainda não foram totalmente compreendidas. No entanto, diversos estudos indicam que as alterações genéticas podem desempenhar um papel importante no surgimento da doença.
Onde o tumor se desenvolve?
Como todo fibrossarcoma, a forma infantil também se origina nos tecidos conjuntivos fibrosos e, em seguida, se espalha para os tecidos moles adjacentes. Isso inclui nervos, tendões, músculos, tecido articular, gorduras, vasos sanguíneos e outros tecidos fibrosos.
Em relação à localização no corpo, a maioria dos casos ocorre nas extremidades dos ossos dos braços ou das pernas. Mas, também pode surgir no tronco ou, mais raramente, em outras regiões.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas do fibrossarcoma infantil variam bastante de paciente para paciente. Isso porque, as manifestações relacionadas à doença dependem do tamanho, localização e disseminação do tumor no organismo.
De maneira geral, a criança pode apresentar:
- presença de massa palpável, indolor ou sensível, geralmente, nas extremidades dos membros ou no tronco;
- dor ou aumento da sensibilidade na área do tumor, devido à compressão de nervos ou músculos próximos;
- dificuldade para usar o membro afetado.
Como mostrado, os sintomas do fibrossarcoma congênito podem ser semelhantes aos de muitas condições benignas. Por isso, consulte sempre um médico para confirmar o diagnóstico e dar início ao tratamento adequado o mais brevemente possível.
Como é o diagnóstico?
Além da análise do histórico clínico pessoal e familiar, bem como do exame físico, o diagnóstico do fibrossarcoma infantil exige a realização de múltiplos exames complementares. Os mais habitualmente solicitados são:
- hemograma completo e outros exames de sangue;
- tomografia computadorizada;
- ressonância magnética;
- cintilografia óssea;
- biópsia do tumor.
Uma vez confirmado, o fibrossarcoma congênito é estadiado. Esse processo indica a extensão da doença no organismo, ajudando o médico responsável a planejar a forma de tratamento mais eficaz.
Como é o estadiamento?
O fibrossarcoma infantil costuma ser localizado. Isso significa que, muitas vezes, o tumor não se espalhou para outras regiões, mantendo-se restrito ao local onde surgiu.
Em alguns casos, entretanto, o tumor pode crescer e atingir tecidos próximos e/ou se disseminar à distância, formando metástases. A boa notícia é que, na maioria das vezes, os fibrossarcomas congênitos não são metastáticos.
Como é o tratamento?
O tratamento do fibrossarcoma infantil avançou muito nos últimos anos, principalmente, em quadros da doença localizada. A estratégia terapêutica é definida, preferencialmente, por um oncologista especialista em sarcomas, sendo conduzida junto à uma equipe multidisciplinar.
Na maioria dos casos, opta-se pelo controle local, que envolve a realização de cirurgia para remoção do tumor e/ou radioterapia. Além disso, é preciso realizar quimioterapia — muitas vezes, antes e depois do controle local.
A terapia sistêmica visa destruir as células cancerígenas, bem como impedir que se espalhem pelo organismo, sendo considerada indispensável. Mas, uma vez que provoca efeitos colaterais, é preciso seguir as orientações da equipe multidisciplinar para prevenir ou minimizar eventuais complicações.
Como é o prognóstico da doença?
Felizmente, este tipo de tumor tende a ser mais curável do que os fibrossarcomas que surgem em adultos. Aliás, é importante destacar que a maior parte dos pacientes responde muito bem à quimioterapia, assim como não apresenta problemas estéticos e/ou funcionais após a cirurgia.
Mas, de qualquer forma, o prognóstico do fibrossarcoma infantil depende do tamanho e da localização do tumor, bem como da sua extensão no organismo. Como em todo câncer, quanto antes for diagnosticado e tratado, maiores as chances de cura e menores os riscos de complicações!
Vale lembrar que o Dr. Roberto é um dos maiores especialista da atualidade em sarcomas. Se precisar, agende uma consulta presencial (na capital paulista) ou por telemedicina (chamada de vídeo) e converse a respeito. Ele e sua equipe estão à sua disposição!
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