Carcinoma hepatocelular: o que você precisa saber

Carcinoma hepatocelular: o que você precisa saber

carcinoma hepatocelular (ou hepatocarcinoma) é o tipo de câncer de fígado mais frequente, responsável por mais de 80% dos casos da doença. Trata-se de um tumor agressivo, que evolui rapidamente e costuma ser diagnosticado em estágio já avançado. Na maioria das vezes, ocorre em pacientes acometidos por cirrose hepática.

Neste artigo, revisado pelo oncologista clínico Dr. Roberto Pestana, especialista em cânceres gastrointestinais, falamos mais a respeito. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

Quais são as causas do carcinoma hepatocelular?

Diversas causas podem estar relacionadas às alterações nos genes que levam à neoplasia. Como mencionado, a cirrose hepática (doença associada ao alcoolismo ou à hepatite crônica) é um dos principais fatores de risco para o surgimento do carcinoma hepatocelular. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 50% dos pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor apresentam a enfermidade.

Há, ainda, a possibilidade de desenvolver o tumor devido à contaminação por aflatoxina. Essa é uma substância cancerígena, produzida pelo fungo aspergillus flavus, que se desenvolve em grãos e cereais armazenados em locais inadequados.

Já em relação aos hábitos de vida, sabe-se que o surgimento do carcinoma hepatocelular pode estar relacionado ao tabagismo e ao uso de esteroides anabolizantes. Além disso, o excesso de gordura corporal (sobrepeso ou obesidade) e o consumo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de desenvolvê-lo.

Existe, ainda, o risco associado à exposição ao vírus da hepatite B ou C, devido à contaminação por instrumentos perfurantes.

Quais são os sinais e sintomas associados à doença?

Em estágio inicial, o câncer de fígado é, geralmente, assintomático. Assim, os sinais e sintomas do carcinoma hepatocelular costumam se manifestar quando o tumor está avançado. Nesses casos, o paciente pode apresentar:

  • icterícia (pele e olhos amarelados);
  • dor e distensão abdominal;
  • massa palpável no abdômen;
  • aumento do fígado ou do baço;
  • falta de apetite;
  • sensação de empanzinamento, mesmo após refeições leves;
  • náuseas e vômitos recorrentes;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • redução da massa muscular;
  • sensação de mal-estar contínua;
  • ascite (acúmulo de líquidos no abdome);
  • febre frequente;
  • hematomas e/ou hemorragias;
  • agravamento da cirrose ou da hepatite crônica; entre outros.

Como é o diagnóstico e o tratamento do hepatocarcinoma?

O diagnóstico do câncer de fígado é confirmado por meio de testes laboratoriais. Esses incluem:

  • exames de sangue, necessários para avaliar a função hepática, entre outros aspectos
  • análises clínicas, para investigar a presença de marcadores tumorais, como a alfaproteína (AFP);
  • exames de imagem (abdominal ou de tórax),como ultrassonografia com doppler, tomografia computadorizada ou ressonância magnética;
  • biópsia (realizada por ressecção cirúrgica, laparoscopia ou agulha grossa),quando indicada.

Uma vez diagnosticado, o tratamento do carcinoma hepatocelular varia conforme o estadiamento do tumor e as condições clínicas (idade, comorbidades etc) do paciente. Em geral, as principais possibilidades terapêuticas incluem:

  • cirurgia para ressecção completa do tumor (chamada hepatectomia);
  • transplante de fígado, indicado quando a função do órgão está comprometida;
  • ablação por radiofrequência, alcoolização ou quimioembolização;
  • imunoterapia.

Idealmente, a estratégia terapêutica do carcinoma hepatocelular é definida pelo oncologista especialista em tumores gastrointestinais, junto a uma equipe multidisciplinar. Vale destacar que, se diagnosticada e tratada precocemente, a doença tem chance de cura. Já em estágios avançados, pode-se controlá-la, reduzindo os sintomas e ajudando o paciente a viver mais e melhor!

Para saber mais, agende uma consulta e converse com o Dr. Roberto Pestana. Ele atende tanto presencialmente, em seu consultório no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, como por telemedicina (consulta virtual, por chamada de vídeo)!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em sarcomas e tumores gastrointestinais. Com doutorado em Medicina de Precisão pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e fellowship no MD Anderson Cancer Center, é reconhecido pela atuação em pesquisas clínicas e tratamentos inovadores, sempre com foco no cuidado integral e humanizado.