Adenocarcinoma gástrico: fatores de risco, causas e sintomas

Adenocarcinoma gástrico: fatores de risco, causas e sintomas

adenocarcinoma gástrico, mais conhecido como câncer gástrico, é o tumor maligno mais frequente no estômago, respondendo por mais de 90% dos casos da doença. Trata-se de uma neoplasia que se desenvolve nas células que formam a mucosa do órgão, ou seja, que surge na sua camada mais interna.

Neste artigo, mostramos as causas e fatores de risco relacionados a esse tipo de câncer gastrointestinal. Veja, também, quais são os sintomas, como é o diagnóstico e quais são os tratamentos disponíveis. Boa leitura!

Quais são as causas do adenocarcinoma gástrico?

Diversas alterações ocorridas no revestimento do estômago podem ser lesões pré-cancerígenas, com potencial para se tornar um adenocarcinoma gástrico. É o caso, por exemplo, da:

  • gastrite atrófica, condição inflamatória na qual as glândulas gástricas estão ausentes ou diminuídas;
  • metaplasia intestinal, condição na qual as células de revestimento normais do estômago são semelhantes às células do revestimento intestinal;
  • infecção prolongada por Helicobacter pylori (H. pylori),bactérias que transformam os componentes de certos alimentos em substâncias químicas que, por sua vez, levam a mutações no DNA das células da mucosa gástrica;
  • alterações herdadas geneticamente, as quais levam à formação excessiva de oncogenes (genes que promovem a divisão celular) ou ao desligamento dos genes supressores de tumor.

E os fatores de risco ligados à sua ocorrência?

O câncer gástrico pode ocorrer em qualquer pessoa. Porém, é mais incidente em homens, com mais de 50 anos.

Outro fator possivelmente relacionado ao seu surgimento é o histórico familiar de parentes de primeiro grau com adenocarcinoma gástrico. Além disso, sabe-se que pessoas com hábito de ingerir carnes processadas, alimentos defumados, peixes salgados e vegetais em conserva têm mais chances de desenvolvê-lo.

Fora isso, existem outros fatores de risco, os quais podem ser modificáveis ou não. São eles:

  • tabagismo, principalmente, se associado ao consumo de bebidas alcoólicas;
  • obesidade;
  • pólipos adenomatosos (também chamados adenomas),lesões benignas presentes no estômago;
  • anemia perniciosa, a qual provoca deficiência na produção de vitamina B12;
  • gastrite atrófica, uma doença hereditária autoimune;
  • gastropatia hipertrófica, condição que leva ao crescimento excessivo do revestimento do estômago, levando à formação de grandes pregas;
  • algumas síndromes hereditárias, como câncer gástrico difuso, câncer colorretal não poliposo hereditário (ou síndrome de Lynch),polipose adenomatosa familiar, síndrome de Peutz-Jeghers e síndrome de Li-Fraumeni;
  • mutações nos genes BRCA1 e BRCA 2;
  • deficiência imunológica, com infecções frequentes;
  • ter realizado tratamento para linfoma gástrico;
  • ter feito cirurgias no estômago, como para remoção de úlceras;

Mas, atenção: a presença de um ou mais fatores de risco não leva, necessariamente, ao desenvolvimento da neoplasia. Ao mesmo tempo, sua ausência também não impossibilita a ocorrência da doença.

Quais são os sinais e sintomas da doença?

Inicialmente, o adenocarcinoma gástrico é assintomático. Assim, os sinais e sintomas costumam aparecer apenas em estágios mais avançados da doença, cujo curso é lento. Entre eles, pode-se citar:

  • falta de apetite;
  • náuseas contínuas;
  • vômitos com ou sem sangue;
  • anemia e desnutrição;
  • perda de peso e cansaço sem razão aparente;
  • desconforto estomacal;
  • sensação de empachamento, mesmo após refeições leves;
  • inchaço abdominal ou massa palpável na região;
  • azia, queimação ou indigestão recorrente;
  • ascite (acúmulo de líquido no abdome);
  • presença de sangue nas fezes;
  • aumento do tamanho do fígado;
  • icterícia (pele e olhos amarelados);
  • surgimento de nódulos ao redor do umbigo;
  • íngua na parte inferior esquerda do pescoço.

Como é feito o seu diagnóstico e tratamento?

O diagnóstico do adenocarcinoma gástrico é realizado pelo oncologista. Para isso, o especialista se baseia na anamnese e em exames físicos, de imagem e análises laboratoriais, incluindo a biópsia do tumor.

tratamento da doença varia conforme o estadiamento e as condições clínicas individuais. Se localizada, a neoplasia costuma ser tratada por meio de cirurgia para remoção do tumor e das margens de segurança. Pode-se, também, associar o procedimento a terapêuticas complementares, realizadas prévias ou posteriormente, tais como quimioterapia, radioterapiaimunoterapia e/ou terapia alvo, visando prevenir eventuais recidivas.

A boa notícia é que o adenocarcinoma de estômago pode ser curado. Mas, para um prognóstico favorável, quanto antes a neoplasia for diagnosticada e tratada, melhor! Caso queira conversar com um especialista na área, entre em contato com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP.

Para fazer uma avaliação individualizada, agende uma consulta presencial ou online (por telemedicina). Basta entrar em contato pelo siteWhatsApp (11 99150-9179) ou telefone (11 2151-0240)!

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.