O sarcoma de células claras (SCC) é um tumor raro. Na maioria dos casos, surge nos tendões de extremidades, como pés e mãos, envolvendo, excepcionalmente, a epiderme (pele),e acomete preferencialmente pacientes jovens.Trata-se de um tumor com capacidade de se disseminar para áreas distantes.
Quando observado em um microscópio, suas células tumorais têm características comuns ao melanoma, um tipo maligno de câncer de pele. Por isso, também já foi chamado de melanoma maligno de partes moles.
O que é?
O sarcoma de células claras é um dos mais de 50 subtipos de sarcomas de partes moles. Esses se originam nas células anormais do tecido conjuntivo e podem aparecer nas gorduras, assim como nos músculos, nervos, vasos sanguíneos, entre outras estruturas ainda mais profundas.
O sarcoma de células claras representa menos de 1% dos sarcomas, os quais representam menos de 1% dos tipos de cânceres.
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Como identificar?
O sarcoma de células claras acomete, principalmente, adultos jovens (em média, com 30 anos) e a incidência por sexo é semelhante. Em relação às suas características, ele se apresenta como uma massa profunda:
- arredondada ou multilobulada;
- firme e intimamente aderida ao tecido conjuntivo denso adjacente;
- indolor ou pouco dolorosa;
- de crescimento lento.
A pele superior ao tumor não apresenta sintomas, como lesões cutâneas pigmentadas.
Em estágios mais avançados, o sarcoma de células claras pode interferir no funcionamento dos tendões ou dos órgãos onde está localizado. Com o passar do tempo, também pode provocar sintomas comuns aos casos de câncer avançados, como perda de peso e fadiga sem razão aparente.
Como diagnosticar o Sarcoma de células claras?
O sarcoma de células claras costuma se localizar em extremidades e próximo aos tendões e estruturas denominadas aponeuroses (membranas achatadas com constituição similar aos tendões).
À análise microscópica, pode se apresentar com aspecto branco-acinzentado ou, quando pigmentado, marrom ou preto.
O diagnóstico do sarcoma de células claras é difícil (sendo, por vezes, confundido com o melanoma). Ele é feito por meio de biópsia e, para diferenciação do melanoma metastático, pode ser necessário um teste molecular.
Já para determinar o estadiamento, o oncologista se baseia:
- no seu tamanho;
- localização;
- nível de superficialidade ou profundidade;
- grau de agressividade;
- se está localizado ou sofreu metástase (se disseminou).
Como tratar?
O tratamento do sarcoma de células claras varia em função do estadiamento do tumor. Quando localizado (sítio primário),recomenda-se a remoção cirúrgica com ressecção ampliada, seguida de possível radioterapia preventiva na área afetada.
Já quando metastático, o tratamento pode ser feito com quimioterapia ou, mais recentemente, com terapia-alvo. Diferentemente dos demais sarcomas, as metástases linfáticas são bastante frequentes e precoces. Os locais de propagação mais comuns são os linfonodos regionais, pulmão e ossos.
Vale destacar, ainda, que dado fatores genômicos específicos a esse subtipo, o sarcoma de células claras é um forte candidato ao tratamento proposto pela oncologia de precisão. Nesse caso, o oncologista se baseia nas informações genéticas das células tumorais para definir a melhor estratégia diagnóstica e terapêutica.
Seja qual for o tratamento adotado, uma vez que esse tipo de tumor tem grandes chances de recorrer ou metastizar, o acompanhamento a longo prazo é primordial. Só assim é possível considerar sua cura com segurança.
Esperamos que o conteúdo tenha ajudado a esclarecer alguns aspectos sobre o SCC. No entanto, ele não substitui uma consulta para avaliação individual.
Por isso, caso apresente um ou mais sintomas, procure um especialista. Essa é a única forma de obter o diagnóstico e, se preciso, iniciar o tratamento o mais breve possível.
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