Saiba mais sobre o tumor maligno dos nervos periféricos
O tumor maligno dos nervos periféricos é um tipo de sarcoma de partes moles que se desenvolve a partir das células que revestem os nervos. Considerada agressiva e rara, pode surgir em qualquer idade, sendo mais prevalente em adultos.
Neste artigo, explicamos mais a respeito, abordando as causas, o diagnóstico e o tratamento da doença. Se o assunto é do seu interesse, continue a leitura!
O que é o tumor maligno dos nervos periféricos?
Também chamado de tumor maligno da bainha do nervo periférico, esse tipo de neoplasia se desenvolve no revestimento que protege os nervos. Dessa forma, ele se estende da medula espinhal para o restante do corpo.
O tumor maligno dos nervos periféricos tende a surgir nos tecidos profundos das pernas, braços e troncos, embora possa ocorrer em qualquer região do organismo. Trata-se de um câncer mais frequente em adultos, que:
- leva à formação de um nódulo ou massa crescente;
- pode ser assintomático ou provocar dor local, a qual piora rapidamente, assim como formigamento e/ou fraqueza, ao tentar movimentar a região acometida.
Quais são as causas do seu desenvolvimento?
As causas específicas do tumor maligno dos nervos periféricos ainda não foram esclarecidas. O que se sabe é que a lesão surge quando uma célula presente no revestimento de algum nervo periférico sofre mutação (alteração no DNA).
Um dado importante é que entre 25% e 50% dos casos estão relacionados à neurofibromatose tipo 1 (NF1). Essa, por sua vez, é uma condição genética rara, que afeta a pele, os ossos e parte do sistema nervoso (fora do cérebro e da medula espinhal).
Existem, ainda, outros fatores de risco conhecidos para a sua ocorrência. Entre eles, pode-se citar a presença de tumor nervoso benigno (como um neurofibroma) e ter feito radioterapia anteriormente.
Como é o diagnóstico e o tratamento da doença?
Se os exames físicos e a análise do histórico pessoal do paciente levantarem a suspeita de tumor maligno dos nervos periféricos, o médico realizará:
- um exame neurológico, ou seja, uma avaliação detalhada do sistema nervoso;
- uma varredura imagética de corpo inteiro, por meio de ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e/ou neurografia por ressonância magnética;
- a realização de biópsia, a qual pode ser feita antes ou durante a cirurgia para ressecção tumoral.
A definição da estratégia terapêutica se baseia no tamanho, localização, extensão (se localizado, disseminado regionalmente ou metastático) e no grau de agressividade do tumor. Na maioria dos casos, opta-se pelo tratamento cirúrgico, visando a remoção completa do tumor e das áreas adjacentes.
Após a cirurgia, pode-se indicar algumas sessões de radioterapia, para reduzir o risco da doença voltar. Em alguns casos, a terapia de radiação pode ser feita antes da cirurgia, como quando é necessário reduzir o tumor para facilitar o procedimento e viabilizar sua remoção completa. Ademais, a quimioterapia pode ser indicada para diminuir o risco de recidiva em casos selecionados.
Já em casos em que o tumor não pode ser totalmente retirado ou sofreu metástase, é necessário fazer quimioterapia após a cirurgia. Essa ajuda a controlar os sintomas e a diminuir o crescimento do tumor.
Outra etapa importante da recuperação é a reabilitação. Nessa fase, o paciente precisa fazer fisioterapia ou terapia ocupacional para melhorar a função e o movimento do membro cujos nervos foram afetados.
Como é o prognóstico da doença?
O prognóstico da doença depende de diversos fatores. Entre eles, destacam-se:
- as condições do paciente (idade, histórico clínico, entre outras);
- a localização e estadiamento (grau de disseminação) do tumor no momento do diagnóstico;
- e o quanto pode ser ressecado na cirurgia.
Seja como for, após o tratamento, deve-se manter o acompanhamento regular com o oncologista responsável por vários anos. Isso porque, existe tanto o risco de recidiva local como à distância (metastática).
Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o tumor maligno dos nervos periféricos. Em caso de diagnóstico confirmado ou suspeita da doença, procure um oncologista especialista em sarcomas o mais breve possível. Assim, as chances do tratamento ser menos agressivo e mais efetivo aumentam consideravelmente!
Caso queira conversar a respeito, agende uma consulta como Dr. Roberto Pestana. Oncologista clínico especialista em sarcomas, ele atende no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, SP, tanto presencialmente como por telemedicina!
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