tumor ósseo de células gigantes (TCG) é uma neoplasia rara e benigna (não cancerosa),mas que pode ter comportamento agressivo. Geralmente, ocorre nos ossos das pernas ou braços. Na maioria das vezes, não se dissemina para outros órgãos. Por outro lado, apresenta tendência a recidivar localmente, após a remoção cirúrgica.

Neste artigo, explicamos os principais aspectos a respeito. Se você tem interesse no assunto, vale a pena conferir.

Como é a incidência do tumor de células gigantes?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),estima-se que o tumor de células gigante represente entre 4% e 5% de todos os tumores ósseos primários. Ele é prevalente em adultos com idades entre 20 e 45 anos.

O TCG costuma acometer um só osso, localizando-se próximo às articulações no final dos ossos das pernas ou dos braços. É o caso, por exemplo, dos joelhos, tornozelos, cotovelos, pulsos e, até mesmo dos ossos próximos da pelve ou do esterno.

Quais são suas possíveis causas?

As causas precisas do tumor de células gigantes são desconhecidas. O que se sabe, até o momento, é que alguns casos foram associados à doença de Paget — um distúrbio ósseo crônico, que os deixa ampliados e deformados.

Como é o seu comportamento?

O tumor de células gigantes tende a crescer se não for realizado um tratamento específico. Dessa forma, pode danificar o osso onde está localizado, bem como se espalhar para os tecidos moles nas proximidades.

Além disso, em casos muito raros (menos de 1%), podem se tornar malignos, transformando-se em câncer. Podem, também, provocar metástases, principalmente, pulmonares.

Quais são os principais sintomas?

Cada paciente pode apresentar manifestações distintas. No entanto, os sinais e sintomas mais comuns da presença de um tumor de células gigantes são:

  • massa ou protuberância visível;
  • fratura decorrente de fraqueza óssea;
  • inchaço e/ou dor na articulação próxima ao tumor;
  • limitação de movimento progressiva na junta próxima ao tumor.

Como é o diagnóstico?

Para chegar ao diagnóstico de um tumor de células gigantes, o médico faz uma anamnese aprofundada e realiza uma série de exames físicos. Além disso, costuma solicitar um exame de imagem radiológico, como radiografia ou tomografia computadorizada da área afetada. Já a ressonância magnética também pode ser útil para avaliar os limites do TCG.

No entanto, a confirmação (ou descarte) da suspeita é realizada após a realização de uma biópsia. Isso possibilita determinar a causa da dor óssea, bem como precisar o tipo e o estágio do tumor.

tratamento do TCG é indicado, individualmente, pelo ortopedista oncológico em conjunto com o oncologista. Para isso, ele se baseia:

  • no tipo, localização e estadiamento tumoral;
  • nas condições clínicas do paciente, incluindo sua idade, presença de comorbidades; estado de saúde geral e histórico médico.

Como é o tratamento?

A abordagem terapêutica padrão do tumor de células gigantes se baseia na cirurgia para ressecção do tumor, bem como da margem de segurança. Por vezes, realiza-se o enxerto ósseo. Além disso, pode ser preciso recorrer à colocação de placa e parafusos ou, até mesmo, à substituição articular artificial.

Seja como for, o tratamento cirúrgico visa evitar danos no osso e preservar, sempre que possível, a integridade e funcionalidade do membro. Já quando o TCG não pode ser removido, devido à localização, pode optar-se pela radioterapia para controlá-lo ou, às vezes, até destruí-lo.

Outro tratamento possivelmente associado é o uso de certos medicamentos (terapia biológica), como o denosumabe e o ácido zoledrônico, também pode ser empregado.

Como é o prognóstico?

Como explicado, o TCG nos ossos raramente se dissemina à distância. Já a recidiva local, após a cirurgia, pode ocorrer diversas vezes.

Por isso, é preciso manter o acompanhamento médico por vários anos após o tratamento. Nas consultas periódicas, o oncologista perguntará sobre a ocorrência de sintomas (como dor) e procurará por alterações físicas (por meio de exames clínicos e de imagem). Se houver recorrência, deve-se tratá-la quanto antes.

Para concluir, o tumor de células gigantes, apesar de benigno, exige tratamento rápido e assertivo. Caso perceba um ou mais sintomas relacionados, procure a ajuda médica e faça uma avaliação individualizada!

Se você ou um familiar foi diagnosticado com TCG, agende uma consulta com o Dr. Roberto Pestana, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, e saiba mais a respeito. A consulta pode ser presencial, em São Paulo, SP, ou online, por telemedicina.

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Publicado por: - Oncologista - CRM 170.446 | RQE 97248
O Dr. Roberto Pestana (CRM 170.446 | RQE 97248) é oncologista clínica do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, ele é médico do ambulatório de sarcomas do Hospital Municipal Vila Santa Catarina.