Alimentação para quem faz quimioterapia
Você sabia que a alimentação para quem faz quimioterapia precisa ser não apenas rica em nutrientes, mas também atrativa ao paladar? Isso porque um dos principais efeitos colaterais do tratamento é, justamente, a perda do apetite. Sem esse cuidado, corre-se o risco de o paciente começar a se alimentar cada vez menos, aumentando o mal-estar e prejudicando a recuperação.
Neste artigo, reunimos dicas para ajudar você a ter uma dieta saudável e variada durante o tratamento, assim como contornar complicações que possam surgir pelo caminho. Continue a leitura e aproveite!
Efeitos da quimioterapia sobre o apetite
Um dos efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia, presente em cerca de 50% dos pacientes, é a alteração no paladar. Esse tipo de tratamento pode:
- deixar os alimentos sem sabor;
- fazer com que todos os alimentos tenham o mesmo gosto;
- deixar um gosto “metálico” constantemente na boca.
Após o término do tratamento, o problema pide levar algumas semanas para desaparecer. Quando se trata de nutrição, esse tempo é suficiente para provocar uma série de danos ao organismo.
Por isso, ainda que a intensidade dos sintomas varie de paciente para paciente, é preciso encontrar formas de aliviar a perda de apetite. Do contrário, a aversão alimentar pode levar à perda de peso e à falta de nutrientes essenciais à saúde.
Uma boa alimentação ajuda no combate ao câncer?
Com certeza! A alimentação para quem faz quimioterapia ou outro tratamento oncológico deve fornecer os nutrientes necessários para manter o bom funcionamento do organismo. Ela também serve para melhorar a disposição, bem como o bem-estar do paciente.
Porém, os tratamentos sistêmicos afetam as células saudáveis da boca e do trato digestivo, podendo prejudicar a absorção de nutrientes. Por isso, deve-se procurar a orientação de um nutricionista e seguir uma dieta personalizada.
Hoje em dia, esse profissional integra as equipes que atuam nos cuidados multidisciplinares dos pacientes oncológicos. O nutricionista ajuda a prevenir uma possível desnutrição, que leva à fadiga e à piora da imunidade — contribuindo diretamente com a progressão da doença.
Como deve ser a alimentação para quem faz quimioterapia?
Infelizmente, não existe um tratamento específico para combater as alterações no paladar provocadas pelo tratamento oncológico. Para minimizá-las, a alimentação para quem faz quimioterapia deve:
- ser composta por alimentos que tenham odores e sabores marcantes, desde que considerados agradáveis;
- conter opções de proteínas variadas (como aves, ovos, peixes, feijões e produtos lácteos integrais),principalmente, no caso das carnes vermelhas não terem gosto;
- conter opções frias ou geladas, que podem ser mais palatáveis;
- ser valorizada por temperos (como ervas e especiarias),gotas de limão, molhos de sua preferência, entre outros;
- associar alimentos salgados a complementos doces, como carnes a molhos de frutas;
- ser acompanhada de pequenas quantidades de líquidos, especialmente, durante as refeições principais;
- ser servida em utensílios de vidro, em vez de pratos de cerâmica ou porcelana, também para reduzir o gosto metálico.
Quais hábitos podem ajudar?
Uma boa dica para evitar aversões alimentares provocadas por náuseas e vômitos (outros efeitos colaterais comuns) é programar os horários das refeições em dias de quimio. Para isso, basta evitar comer de 1 hora antes a 3 horas depois da sessão de tratamento.
Às vezes, a quimioterapia pode provocar problemas orais (como boca seca, gengivite, entre outros) que também atrapalham a alimentação. Nesses casos, o oncologista fará o encaminhamento para um dentista parceiro, que indicará a melhor forma de proceder.
Assim, a alimentação para quem faz quimioterapia precisa ser individualizada. É imprescindível mantê-la balanceada e superar os obstáculos que, porventura, possam aparecer. Dessa forma, você estará cada vez mais perto da tão desejada recuperação!
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